scholarly journals Fatores associados a abandono precoce do tratamento em psicoterapia de orientação analítica

2007 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 265-267 ◽  
Author(s):  
Simone Hauck ◽  
Letícia Kruel ◽  
Anne Sordi ◽  
Gabriela Sbardellotto ◽  
Aline Cervieri ◽  
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INTRODUÇÃO: A eficácia da psicoterapia psicanalítica foi bem estabelecida através de ensaios clínicos controlados; no entanto, algumas das características individuais que predizem melhores resultados são ainda pouco estudadas. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre os dados demográficos, o diagnóstico psiquiátrico, a sintomatologia clínica, a qualidade de vida, os critérios de indicação da psicoterapia, o estilo defensivo e o abandono da psicoterapia psicanalítica antes de 3 meses de tratamento. MÉTODO: Uma amostra consecutiva de 56 pacientes foi avaliada após a indicação da psicoterapia, através de um protocolo padronizado, do World Health Organization Quality of Life Bref (WHOQOL-Bref), do Self Report Questionnaire, do Defensive Style Questionnaire, da Escala de Funcionamento Defensivo do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 4ª edição, texto revisado (DSM-IV-TR) e da Avaliação do Funcionamento Global (Global Assessment of Functioning), e acompanhada por 3 meses. RESULTADOS: A taxa de abandono foi de 12,5%. Não houve diferença quanto à Avaliação do Funcionamento Global, Self Report Questionnaire e Defensive Style Questionnaire. Os pacientes que abandonaram estavam satisfeitos com sua saúde, apesar da gravidade da sua psicopatologia, mesmo controlando para outras variáveis (p < 0,0001). O grupo que permaneceu em tratamento apresentava melhor adaptação prévia e maior proporção de indivíduos com inteligência estimada como média ou superior (p < 0,05). Maior proporção de pacientes no grupo do abandono foi classificada em níveis imaturos, segundo a Escala de Funcionamento Defensivo do DSM-IV-TR. CONCLUSÕES: A gravidade da psicopatologia, isoladamente, não teve associação com o abandono; entretanto, menor nível de insight e defesas mais imaturas (especialmente narcisistas) foram associados a maiores taxas de abandono. Esses aspectos devem ser seriamente considerados, juntamente com as expectativas do paciente quanto ao método analítico, e avaliados criteriosamente antes da indicação.

2018 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 13-27
Author(s):  
Nancy Ramacciotti de Oliveira-Monteiro ◽  
Débora Santos Silva

Os manguezais são importantes ecossistemas que muitas vezes estão em intensa interação com ambientes de urbanização irregular e não planejada. Com o objetivo de verificar percepções do ambiente, condições psicológicas e de qualidade de vida em habitantes de ocupações irregulares de área de manguezais na Baixada Santista (SP), foram investigados 30 moradores de um bairro de manguezal através do Whoqol-Bref (World Health Organization Quality of life – Abbreviated Scale), ASR (Adult Self-Report for ages 18-59) e de um questionário sobre percepção ambiental. A análise descritiva dos resultados indicou: percepção ambiental marcada por valor positivo do manguezal, importância de preservação, nomeações de espécies diversas e de componentes físicos; problemas psicológicos em faixas clínicas em mulheres mais jovens da amostra; e classificação de qualidade de vida: boa (domínios físico, psicológico e relações sociais) e regular (domínio de meio ambiente). A percepção ambiental acentuada e a regularização fundiária promovida no bairro podem estar relacionadas à boa saúde e qualidade de vida dos participantes.  


Author(s):  
Denisval Pereira Andrade ◽  
José Carlos Souza ◽  
Mirna Torres Figueiró ◽  
Karina Oliveira Andrade ◽  
Vinicius Oliveira Andrade

A religiosidade e a espiritualidade sempre foram consideradas importantes elementos de suporte para as pessoas que sofrem e/ou estão doentes. Objetivo: Avaliar a Qualidade de Vida (QV) geral e a prevalência de transtornos psíquicos menores nos seminaristas católicos. Método: Um estudo de corte transversal, descritivo e comparativo. Foram entrevistados 68 seminaristas católicos por meio dos questionários sociodemográfico, World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-100) e Self Report Questionnaire (SRQ-20). Resultados: A avaliação da QV mostrou-se alta em todos os domínios investigados. Com relação ao cruzamento entre as dimensões do WHOQOL-100 e a presença/ausência de sofrimento mental, em todos os domínios do instrumento de qualidade de vida, e SRQ-20, houve diferença significativa, demonstrando que os candidatos que possuíam sofrimento mental estavam piores em relação aos que não possuíam em todos os domínios do WHOQOL-100. Conclusão: A QV dos seminaristas foi boa e a prevalência de transtornos psíquicos menores não foi significante.


2013 ◽  
Vol 61 (1) ◽  
pp. 17-26 ◽  
Author(s):  
Katrin Leenen ◽  
Michael Rufer ◽  
Hanspeter Moergeli ◽  
Hans-Jörgen Grabe ◽  
Josef Jenewein ◽  
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Aus Untersuchungen in der Normalbevölkerung ist bekannt, dass Menschen mit erhöhten Alexithymiewerten eine verminderte Lebensqualität (LQ) aufweisen. Für Patienten mit psychischen Störungen wurde dieser Zusammenhang jedoch kaum untersucht. Ziel dieser Studie war es, den möglichen Zusammenhang zwischen alexithymen Patientenmerkmalen und der LQ bei Patienten mit Angststörungen zu überprüfen. Bei 79 ambulanten Patienten mit Angststörungen wurden alexithyme Charakteristika mit der Toronto Alexithymia Scale (TAS-20), die LQ mit der Kurzversion des World Health Organization Quality of Life Questionnaire 100 (WHOQOL-BREF) erfasst. Darüber hinaus fand eine Erhebung der psychischen Symptombelastung (SCL-90-R) und depressiven Symptomatik (MADRS) statt. Mittels hierarchischer Regressionsanalysen wurde der Zusammenhang zwischen der alexithymen Charakteristika und den unterschiedlichen LQ-Domänen berechnet. Die Patienten zeigten eine im Vergleich zur Normalbevölkerung deutlich verminderte LQ. Als Hauptergebnis fand sich, auch nach Kontrolle von Depression, Ängstlichkeit und Geschlecht, ein signifikanter Zusammenhang zwischen den beiden TAS-20 Subskalen Schwierigkeiten, Gefühle zu identifizieren und zu beschreiben und vor allem der psychischen LQ. Unsere Ergebnisse sprechen dafür, bei der Diagnostik und Therapieplanung von Patienten mit Angststörungen alexithyme Merkmale einzubeziehen. Im Falle von ausgeprägten alexithymen Merkmalen sollten psychotherapeutische Interventionen zur Verbesserung der Schwierigkeiten Gefühle wahrzunehmen und zu kommunizieren in Betracht gezogen werden.


CoDAS ◽  
2017 ◽  
Vol 29 (5) ◽  
Author(s):  
Camila Zorzetto Carniel ◽  
Juliana Cristina Ferreira de Sousa ◽  
Carla Dias da Silva ◽  
Carla Aparecida de Urzedo Fortunato-Queiroz ◽  
Miguel Ângelo Hyppolito ◽  
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RESUMO Objetivo Avaliar, por meio de questionários padronizados, a qualidade de vida de idosos com deficiência auditiva diagnosticada que utilizam ou não a prótese auditiva (AASI) e de idosos sem queixa auditiva. Método Trata-se de um estudo transversal, com amostra não probabilística, distribuída em três grupos divididos da seguinte forma: 30 idosos com perda auditiva diagnosticada e com indicação para uso do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), mas que ainda não faziam uso da prótese; 30 idosos com deficiência auditiva que usavam o AASI; e 30 idosos sem queixa auditiva. Os participantes completaram um questionário que investigava dados sociodemográficos e familiares, o Hearing Handicap Inventory for the Elderly Screening Version (HHIE-S) e o World Health Organization Quality of Life - versão breve (WHOQOL-Breve). Além das análises descritivas dos dados, foram realizados testes para comparação dos três grupos, aplicando-se a análise de variância (ANOVA) e o teste post hoc de Bonferroni. Resultados Os três grupos se diferenciaram significativamente em todos os domínios de qualidade de vida. O grupo de idosos com perda auditiva diagnosticada e com indicação para uso do AASI apresentou menores escores que o grupo de idosos com deficiência auditiva que usavam o AASI e que o grupo de referência. O grupo com AASI apresentou os melhores resultados de qualidade de vida. Conclusão A perda auditiva afeta a qualidade de vida do idoso. O uso efetivo da prótese auditiva é benéfico a esta população, melhorando suas condições de vida e saúde.


2012 ◽  
Vol 29 (2) ◽  
pp. 155-162 ◽  
Author(s):  
Michele Beckert ◽  
Tatiana Quarti Irigaray ◽  
Clarissa Marceli Trentini

A relação entre qualidade de vida e funções cognitivas em idosos tem sido pouco estudada. O objetivo deste estudo foi examinar a associação entre qualidade de vida, cognição e desempenho nas funções executivas de idosos. O estudo teve a participação de 88 idosos. Utilizou-se o método amostral de conveniência. Todos os participantes responderam sobre condições sociodemográficas, qualidade de vida (World Health Organization Quality of Life Group-Bref), funções cognitivas (Mini-Exame do Estado Mental e Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve) e funções executivas (Teste Wisconsin de Classificação de Cartas). Os dados mostraram associações importantes entre os domínios de qualidade de vida Físico e Meio Ambiente e variáveis cognitivas, o que reforça a importância da cognição tanto na manutenção de cuidados físicos, quanto nas oportunidades de o idoso adquirir novas informações e habilidades no meio em que vive.


2002 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 81-92 ◽  
Author(s):  
Arlinda B. Moreno ◽  
Claudia S. Lopes

Laringectomia é a principal seqüela em pacientes com câncer de laringe. Neste estudo, as autoras conduziram uma revisão sistemática para avaliar a relação entre qualidade de vida e laringectomia. De 96 artigos publicados em periódicos científicos, previamente identificados, foram selecionados 35 artigos sobre laringectomia e qualidade de vida em pacientes laringectomizados. Todos os artigos selecionados foram submetidos à abordagem metodológica de uma revisão sistemática. Para a avaliação dos atributos qualitativos dos artigos foi utilizado o Questionário de Avaliação Qualitativa (QAQ), um instrumento testado e validado. Os resultados encontrados mostraram que a maior parte dos artigos selecionados apresentava inconsistências e falta de rigor metodológico na mensuração do constructo qualidade de vida entre pacientes laringectomizados. Além disso, verificou-se que a relação entre qualidade de vida e laringectomia, na forma apresentada nos artigos selecionados, ainda se encontra distante da abordagem multidimensional do constructo qualidade de vida, conforme preconizado pelo WHOQOL (World Health Organization - Quality of Life Group).


2009 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 174-178 ◽  
Author(s):  
Franco Noce ◽  
Mário Antônio de Moura Simim ◽  
Marco Túlio de Mello

A prática regular de atividade física promove uma série de benefícios que vão além da esfera física. A qualidade de vida, segundo diversas fontes, diz respeito ao grau de satisfação de um indivíduo com os múltiplos aspectos da sua vida. As pessoas portadoras de deficiência física podem apresentar níveis de sedentarismo elevados, influenciando de forma decisiva na percepção de sua qualidade de vida. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito de 12 semanas de prática de atividade física na percepção do nível de qualidade de vida de deficientes físicos. Participaram do estudo 20 deficientes físicos, do gênero masculino, divididos em dois grupos, Sedentários e Ativos. Como instrumento de estudo foi utilizado um questionário de dados demográficos e o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref). Em geral, a média de idade dos voluntários era de 38,1 anos, possuíam o 1º grau incompleto, moradia própria, eram solteiros e predominantemente portadores de poliomielite. O grupo Ativo apresentou escores mais elevados na qualidade de vida em todas as dimensões (física, psicológica, social e ambiental) do instrumento. Os resultados obtidos com o presente estudo comprovaram que o nível de qualidade de vida dos deficientes físicos Ativos foi melhor do que a dos Sedentários.


2009 ◽  
Vol 14 (4) ◽  
pp. 1235-1239 ◽  
Author(s):  
Zélia Zilda Lourenço de Camargo Bittencourt ◽  
Eduardo Luiz Hoehne

O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade de vida de pais de pessoas surdas de um serviço de reabilitação. Trata-se de estudo descritivo, realizado no período de março a junho de 2005, que contou com uma amostra de quinze familiares de surdos atendidos no CEPRE/FCM/UNICAMP. Foi utilizado o instrumento genérico de avaliação de qualidade de vida World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-BREF), versão em português, além de um questionário de identificação e dados sociodemográficos. Na análise estatística descritiva, utilizou-se o SPSS, com escores transformados de zero a 100. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Os entrevistados foram na maioria do sexo feminino (93,3%), todos ouvintes, donas de casa, idade média de 44 anos. Na avaliação dos diferentes domínios do WHOQOL-BREF, de um modo geral, os familiares entrevistados consideraram ter uma qualidade de vida “boa” e “muito boa”. O estudo revelou melhor qualidade de vida nos aspectos físicos (73,8) e das relações sociais (72,2) e uma menor percepção de qualidade de vida no domínio de meio ambiente (51,8), provavelmente pelas próprias características socioculturais dos entrevistados, e no domínio psicológico (63,3), que pode estar relacionado à vivência da surdez de um filho.


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