scholarly journals Chats Perchés (2004) de Chris Marker: Arte e política em Paris pelo olhar de um gato sorridente

2020 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 484-511
Author(s):  
Miguel Angel Lomillos
Keyword(s):  

O filme-ensaio de Chris Marker Chats perchés (2004) se articula em dois eixos guiados pela fala do autor enunciada em cartelas: a proliferação de grafites de gatos amarelos sorridentes nos muros e tetos da cidade e os numerosos protestos nas ruas. Toda essa excitação ocorreu na cidade de Paris durante os conturbados anos da campanha presidencial, guerra do Iraque e greve geral (2001-2003). O filme é analisado à luz dessas relações entre arte e política, do confronto com as imagens e sons que permeiam essa forma de ensaio cinematográfico e das referências à obra do multifacetado autor francês.

2020 ◽  
Author(s):  
Peter Grabher
Keyword(s):  

Die raum-zeitliche Konfiguration «Israel-Palästina» ist das hochmediatisierte und affektiv aufgeladene Wahrnehmungsobjekt par excellence. Immer wieder stellt sich das «Nahostproblem» auf der Ebene von kinematographischen und massenmedialen Bildern und Tönen. Peter Grabher untersucht, wie sich die audiovisuellen Repräsentationen Palästina-Israels seit 1960 verändert haben und wie darauf die Essayfilme von Filmautor*innen der Avantgarde reagieren. Welche transgressiven Strategien entwickelt das zwischen Dokument und Fiktion changierende essayistische Kino? Was vermögen diese in Richtung einer Rekonfiguration der Wahrnehmung des Chronotopos «Palästina-Israel»? Der Autor untersucht einen exemplarischen Korpus von Essayfilmen, die am Blick arbeiten und ihn verändern, u.a. folgende Filme: Beschreibung eines Kampfes (Chris Marker 1960), Hier und anderswo (Jean-Luc Godard/Anne-Marie Miéville 1976), The Angel of History (Ariella Azoulay 2000), Forgiveness (Udi Aloni 2006), Jinga48 (Ula Tabari 2009) und The Time That Remains (Elia Suleiman 2009).


2014 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 160-171
Author(s):  
Julia Gonçalves Declie Fagioli
Keyword(s):  

O que propomos, no presente artigo, é pensar a montagem - e, mais especificamente, a montagem de imagens de arquivo - como processo de mediação entre elas e o espectador. Para isso, recorremos às ideias de Georges Didi-Huberman, para refletir sobre as imagens do sonho e as imagens de arquivo. Ambas, cada uma à sua maneira, carregam vestígios da memória e possuem caráter lacunar. Apenas quando são articuladas no sonho, ou na montagem - no caso do cinema documentário - que se configura um novo sentido. Analisaremos Sem sol, de Chris Marker, em que as imagens de arquivo são montadas de forma a proporcionar uma reflexão sobre a memória e a história. O filme é construído com imagens de arquivo e leituras de cartas de um cinegrafista viajante, o que confere à narrativa um caráter imaginativo, característica essencial da lembrança e da memória.


Protée ◽  
2005 ◽  
Vol 28 (3) ◽  
pp. 7-12 ◽  
Author(s):  
Johanne Villeneuve
Keyword(s):  

Cet article est une contribution à la définition de l’intermédialité. Dans un premier temps, il décrit les médiations modernes d’après leur caractère paradoxal : le fait que l’effacement du médium soit compris, par exemple, comme le signe même de son efficacité. Dans ce contexte, on peut considérer l’intermédialité comme une certaine dramatisation du paradoxe de la médiation, au sens où l’intermédialité serait la figure de la médiation dans la médiation même. Dans un second temps, cet article se porte vers le film de Chris Marker, Level Five, qu’il désigne comme un locus où cette figure peut être déployée depuis la médiation des morts, la mélancolie et les catastrophes du XXe siècle – une mélancolie plus proche néanmoins des anciennes conceptions des humeurs (Aristote) que des ruines romantiques.


Author(s):  
Carolin Overhoff Ferreira
Keyword(s):  

O cinema como lugar de estéticas que possibilitam um pensamento heterodoxo possui uma longa tradição. Desde o cinema mudo, filmes exploram e transgridem as fronteiras disciplinares, expondo a construção de suas ficções. Nas últimas duas décadas, esse fenômeno, evidente em cineastas consagrados como Chris Marker, Harun Farocki, Jean-Luc Godard e Eduardo Coutinho, entre muitos outros, tem sido cada vez mais discutido através do conceito de ensaio fílmico ou filme-ensaio. Partindo de uma discussão desse conceito, este artigo pretende introduzir outro, o de filme indisciplinar, e, para evidenciá-lo, traçar sua presença no cinema português. Os filmes escolhidos para testar o novo conceito são Douro, faina fluvial (1931) e Acto da primavera (1963), ambos de Manoel de Oliveira, Catembe (1965), de Faria de Almeida, e Jaime (1974), de António Reis.


2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 195-208
Author(s):  
Gerado Castelli
Keyword(s):  

El campo del lenguaje audiovisual, el estatuto del cine y la variación de los dispositivos exigen su reconsideración. En diálogo con InMediaciones de la Comunicación, Jorge La Ferla, Master in Arts por la Universidad de Pittsburgh y profesor en la Universidad de Buenos Aires y en la Universidad delCine de Argentina, nos propone una cartografía para comprender algunos de los procesos que estamos atravesando y, apelando a la producción rectora de autores ineludibles como Jean-Luc Godard y Chris Marker, se interroga por los sentidos cambiantes de la categoría cine y su capacidad de adaptación a las mutaciones tecnoculturales actuales.


ArtCultura ◽  
2018 ◽  
Vol 20 (36) ◽  
Author(s):  
Eduardo Morettin ◽  
Mônica Almeida Kornis
Keyword(s):  

Silvio Tendler (Rio de Janeiro, RJ, 1950) é cineasta, professor e historiador. Nos anos 1960 o cineclubismo foi a porta de entrada no universo do cinema. No início dos anos 1970 esteve no Chile governado por Allende, registrando em imagens os diferentes projetos populares estraçalhados pelo golpe de 1973. Viaja a Paris em 1972 para estudar cinema, onde participa de coletivo ligado à Chris Marker. Forma-se em História pela Universidade de Paris 7, escrevendo monografi a sobre cinema e história sob a supervisão de Marc Ferro. Obtém o título de mestre em 1976, com dissertação sobre a obra do cineasta holandês Joris Ivens. De volta ao Brasil, realiza, dentre outros trabalhos, Os anos JK, uma trajetória política (1980) e Jango (1984), documentários de grande sucesso de público. Diferentes personagens de nossa história política-cultural foram objeto de sua atenção, como, por exemplo, Carlos Marighella, Glauber Rocha, Milton Santos, Tancredo Neves e Josué de Castro. A articulação entre cinema e história ganha em Utopia e barbárie (2010) um esforço de síntese dos acontecimentos mais importantes ocorridos nos últimos cinquenta anos. Formou ao longo de sua trajetória, com mais de 70 fi lmes de curtas, médias e longas-metragens, um acervo riquíssimo de imagens e depoimentos sobre o mundo contemporâneo, material que cresce na medida em que inúmeros projetos cinematográfi cos e televisivos são concretizados, como é o caso de Militares da democracia: os militares que disseram não e Os advogados contra a ditadura: por uma questão de justiça, ambos de 2014. Recebeu inúmeros prêmios em reconhecimento à sua obra. Em 2011, recebeu o Notório Saber, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, instituição na qual iniciou a docência em 1979.


Author(s):  
Kristian Feigelson

Chris Marker (1921–2012), the creator of more than eighty films, has become a source of fascination for an entire generation of documentary filmmakers, as well as for the general public. Video and digital technical advancements allowed Marker to further develop his inquiry into image objectivity, and to keep looking back on the history and memory of the twentieth century in a non-linear, reflexive and interactive manner. This chapter examines the continuities and breaks in Marker's uses of technology and his views on history, as well as the specific bond he created with his audience. This unique relationship, which characterises Marker's entire body of work, stems from his concern with interactivity: an idea that operates under different definitions and is manifested in diverse ways within his art. Above all, his main objective concerns the circulation of images that explore cinema's various visual frameworks and how they transcribe history in different ways.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document