Abstract: this article is at the point of convergence between the universes of politics and religion, trying to demonstrate the limits of one against the other, especially in view of the growth of "ideologically converted" initiatives within the current Brazilian political scenario. To this end, it pursues and exposes the understanding of the English philosopher John Locke regarding the relationship between politics and religion from the concept of religious tolerance. For Locke, politics and religion represent two distinct spheres of human action, each of which is governed by an internal logic both as to its scope over individuals and as to its social role - the first directed to the sphere of security , order and maintenance of life and property and the second to the internal forum and the search for the salvation of souls. At the end of this study we intend to highlight how Lockean thought can contribute to the construction of a posture of openness to dialogue with differences, which the author has named: tolerance.Sobre os Limite entre a Religião e a Política: contributos de John Locke para se pensar o presenteResumo: o presente artigo situa-se no ponto de confluência entre os universos da política e da religião, procurando demonstrar os limites de um em face do outro, sobretudo em vista do crescimento de iniciativas “ideologicamente convertidas” dentro do atual cenário político brasileiro. Para isso, persegue e expõe o entendimento do filósofo inglês John Locke no que tange à relação entre política e religião a partir do conceito de tolerância religiosa. Para Locke política e religião representam duas esferas distintas da ação humana, sendo cada uma gerida por uma lógica interna tanto no que diz respeito ao seu alcance sobre os indivíduos, quanto no que se refere ao seu papel social – a primeira dirigida à esfera da seguridade, da ordem e da manutenção da vida e da propriedade e a segunda ao foro interno e à busca pela salvação das almas. Ao término deste estudo pretende-se realçar em quê o pensamento lockeano pode contribuir na construção de uma postura de abertura ao diálogo com as diferenças, o que o autor nomeou: tolerância.