REVISÃO DA LITERATURA SOBRE PLANTAS MEDICINAIS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE SARS-COV-2
Introdução: COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, que está causando crise sanitária e humanitária. Ainda não há medicamento e o modo de tratar tem sido principalmente de suporte. As comunidades científicas buscam encontrar agentes terapêuticos, como por exemplo, plantas tem sido alvo de estudos para o tratamento. Objetivo: Analisar os estudos recentes sobre plantas medicinais no contexto da pandemia de SARS-Cov-2. Materiais e Métodos: Revisão integrativa. Pergunta norteadora: quais os estudos recentes sobre as pesquisas envolvendo plantas medicinais no contexto da COVID-19? Critérios de inclusão: artigos, texto completo, recorte temporal de 2020 a junho de 2021. Idiomas: inglês, espanhol e português. Critérios de exclusão: fora da temática e não ser artigo científico. Bases de dados: BVS, SCIELO e LILACS. Descritores: Plantas Medicinais, COVID-19 e SARS-Cov-2. O instrumento para coleta de dados foi validado por Ursi (2005). Resultados: No BVS foram encontrados 526 estudos, Scielo 1 e LILACS 2. Critério de exclusão: 442 fora do tema, 15 fora do recorte temporal, 20 não eram artigo e 15 eram repetidos. Total de artigos estudados foram 36, sendo 72,2% de 2021. Foram estudos de 17 países, com 27,8% artigos da Índia e 8,34% do Brasil. As principais plantas estudadas foram: Allium sativum L.; Echinacea angustifolia D. C.; Echinacea pallida; Eucalyptus globulus Labill; Glycyrrhiza glabra L.; Mikania glomerata Spreng e Mauritia flexuosa L.. Os principais metabolitos estudados foram: Alicina, cistéina, Ácido chicórico, equinaceína, fitoesterois, Eucaliptol, hiperosídeo e Cumarinas, sesquiterpeno. Os estudos analisados demostram que essas espécies podem representar opções promissoras para o tratamento dos sintomas causados por agentes infecciosos. Um exemplo é a Mauritia flexuosa L. Ela possui 13-cis-β-caroteno, 9-cis -β-caroteno e α-caroteno e as análises da atividade anti-covid-19 se processaram utilizando métodos in silico de Docking Molecular, os resultados teóricos encorajam e permitem um direcionamento para estudos experimentais in vitro e in vivo. Conclusão: São pesquisas de revisão da literatura, estudos prospectivos, duplo cego, randomizado controlado por placebo. Auxiliam no combate a notícias falsas sobre profilaxia da COVID-19 utilizando plantas medicinais. É um campo de pesquisa importante, especialmente para o momento pandêmico, necessitando de investimento público e privado.