Objetivo: Comparar os escores EuroSCORE, EuroSCORE II e InsCor na predição de mortalidade em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca de um hospital terciário da região Sul do Brasil.Método: Estudo retrospectivo de pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio e/ou troca de válvula no período de Julho de 2016 a Junho de 2018.Resultados: A amostra foi composta por 127 pacientes, destes 12 (9,44%) evoluíram a óbito no pós-operatório. O EuroSCORE (p = 0,01) e o EuroSCORE II (p= 0,008) foram acurados, enquanto que o InsCor apresentou baixa acurácia em predizer mortalidade no pós-operatório (p = 0,52). O EuroSCORE II subestimou a mortalidade para pacientes classificados em baixo risco, enquanto que o InsCor mostrou tendência (p =0,07) de superestimar a mortalidade na classificação de risco alto. O EuroSCORE apresentou desempenho adequado para predição de mortalidade intra-hospitalar para todas as classificações de risco. Os pacientes que evoluíram a óbito apresentaram maior EuroSCORE [12,7 (7,8-22,1) vs 5,5 (5,8-7,9), p= 0,01] e EuroSCORE II [4,6 (3,3-8,4) vs 2,3 (2,6-3,6), p= 0,008] do que os sobreviventes, o que não ocorreu com o InsCor.Considerações Finais: Os escores EuroSCORE e EuroSCORE II foram acurados para predizer óbito pós-operatorio, enquanto o InsCor mostrou baixa acurácia. O EuroSCORE foi o que apresentou melhor desempenho para predição de mortalidade intra-hospitalar para todas as classificações de risco.