O corpo político de Linn da Quebrada
O artigo em comento trabalhará as categorias raça, corpo, gênero e sexualidade a partir da análise do ser político da rapper e performer Linn da Quebrada, por intermédio da análise documental de entrevistas da artista associadas a trechos de suas canções. Linn é produto musical brasileiro que adentra o cenário do funk e do rapper com canções e performances que subvertem o padrão universal de comportamento social dominante no que confere ao que se espera em ser homem e ser mulher, vez que em suas letras pensa o feminino em corpos outros (corpos trans, não siliconados, afeminados, enviadados etc). Trata-se de estudo de natureza qualitativa, com análise documental exploratória e descritiva junto a pesquisa bibliográfica. Como resultado, constatou-se que a pluralidade da artista advém como instrumento político de defesa de um feminino não esperado pela maioria dos indivíduos, dando vazão por sua voz a lutas encampadas por movimentos de mulheres e pela comunidade TLGB[1]. Judith Buttler, Michael Focault e Patricia Hill Collins são autores que complementam teoricamente o que Linn transmite em seu trabalho artístico. Palavras-chaves: gênero; corpos; Linn.[1] A alteração da sigla LGBT para TLGB no texto parte de uma política de enaltecimento dos corpos travestis, transsexuais e transgêneros, sendo reiterado a terminologia por artistas pertencentes ao T da sigla, com o intuito de ampliar a visibilidade a elas nos diálogos efetivados em prol da comunidade.