ricardo piglia
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2021 ◽  
Vol 41 (65) ◽  
pp. 31
Author(s):  
Ana Rita Sousa

Resumo: A ficção portuguesa no século XXI parece inclinar-se maioritariamente para as distintas formas que autoriza o romance na pós-modernidade. Por razões de vária ordem, que vão desde a nossa tradição literária à criação de um mercado editorial que fomenta este género, os escritores surgidos após a passagem do milénio e publicados nas grandes casas editoriais portuguesas têm recorrido pouco ao conto. Em contrapartida, o trabalho realizado por editoras independentes tem trazido a lume outros possíveis caminhos para a ficção portuguesa que não desaguam no universo de tendências dominantes do mercado cada vez mais global (carácter mais universal da intriga, inclinação para mobilidade constante das personagens e dos espaços, alusões de natureza livresca, recusa a referências locais ou regionais, etc.). Neste sentido, este trabalho tem como objetivo analisar o contributo de Teatro Vertical, livro de contos de Manuel Alberto Vieira, que em sentido quase oposto às tendências dominantes, permite repensar a potencialidade do conto como género na atualidade, ao mesmo tempo que reconfigura um dos elementos mais problematizados da nossa sociedade: a família. Após uma breve contextualização da subalternização do género na nossa tradição literária, procura analisar-se a estrutura narrativa destes contos – partindo das reflexões de Ricardo Piglia sobre as formas breves –, assim como estudar o modo em que um dos temas dominantes, a família, é evidenciado nas suas complexas mutações através das estruturas mais simples, próprias do conto.Palavras-chave: Manuel Alberto Vieira; conto; narrativa; família; crueldade. Abstract: Portuguese fiction in the 21st century seems to lean mostly towards the different forms that authorize the novel in postmodernity. For various reasons, ranging from our literary tradition to the creation of an editorial market that fosters this genre, writers who emerged after the passing of the millennium and published in the major Portuguese publishing houses have made little use of the short-story.  On the other hand, the work carried out by independent publishers has brought to light other paths for Portuguese fiction that do not lead to the universe of dominant trends in the increasingly global market (a more universal character of intrigue, inclination towards constant mobility of characters and spaces, allusions of a bookish nature, refusal of local or regional references, etc.). In this sense, this work intends to analyze the contribution of Teatro Vertical, a short story book by Manuel Alberto Vieira, which, in an almost opposite sense to the dominant trends, allows us to rethink the potential of the literary short-story as a genre today, while reconfiguring one of the elements most problematized in our society: the family. To this end, this work, after a brief contextualization of the subordination of gender in our literary tradition, seeks to analyze the narrative structure of these short-stories - based on Ricardo Piglia’s reflections on short forms - as well as studying the way in which one of the dominant themes, the family, is evidenced in its complex mutations through the simplest structures, typical of the short-story.Keywords: Manuel Alberto Vieira; short story; narrative; family; cruelty.


2021 ◽  
Author(s):  
Carolina Rodrigues Guimarães ◽  
Brenno Fernandes Soares

O objetivo desse trabalho é analisar a forma do conto breve na narrativa “Irman”, publicado na coletânea Pájaros en la boca (2009), de Samanta Schweblin, ao passo que propomos uma leitura crítica acerca dos aspectos sociais latentes na obra, como a banalização e silenciamento ante a morte do corpo feminino. Parte-se da hipótese de que as narrativas breves, apesar da curta extensão, apresentam muitas informações subjetivamente, possibilitando uma leitura plural do conto. A fim de analisar a forma do conto, apoia-se em teóricos e contistas que versam acerca da estrutura e elementos próprios da narrativa breve, tais como Edgar Alan Poe, Ricardo Piglia, Horacio Quiroga, Luzia de Maria. Esta pesquisa justifica-se pelo fato de que o conto moderno tem ganhado cada vez mais espaço na literatura e ao levantar temas sociais faz-se pertinente difundir tal gênero e a escrita feminina latino-americana, de modo que se faça conhecer cada vez mais.


Author(s):  
Carolina Raquel Do Amaral Quintella

­Este ensaio propõe analisar o conto “A Caçada”, de Lygia Fagundes Telles, tomando-o como a obra de maior representatividade do projeto poético de Antes do Baile Verde (1970) e como rara manifestação do que vem a ser a estruturação mimético-metafórica em um texto. Para essa via interpretativa, que se edifica sobre a noção de conto de Ricardo Piglia, busca-se explicitar inicialmente o projeto poético do livro e, em seguida, a referida estória à luz do nexo, proposto por Costa Lima, entre mímesis e metáfora. Investigando a metamorfose textual, que impõe indeterminação e instabilidade semântica entre as sequências textuais que se concatenam, o ensaio aproxima o texto das noções de mimesis da produção, representação-efeito e mimesis totalidade, ampliando a compreensão sobre a estrutura do conto fagundiano.


Author(s):  
Filipe Amaral Rocha de Menezes
Keyword(s):  

Para Ricardo Piglia o conto encerra duas histórias, uma subjacente a outra. A oculta seria fragmentária e elíptica, e o contista, ao conseguir estruturar tal feito, seria bem-sucedido. Cíntia Moscovich, como habilidosa contista, ao narrar essas histórias corriqueiras em Essa coisa brilhante que é a chuva, de 2012, evidencia a beleza oculta no relato que, aparentemente, pode passar desapercebido. Este artigo pretende demonstrar como a escritora costura tramas subjacentes aos nove contos da coletânea, por meio de surpresas, epifanias, visões, deixando entrever uma linha de tensão e efeito duplo, revelando-os apenas nos finais surpreendentes.


2021 ◽  
pp. 260-269
Author(s):  
Guadalupe Silva
Keyword(s):  

La presente nota propone una lectura de la novela Caja de fractales (2017) del escritor puertorriqueño Luis Othoniel Rosa, a partir de una pregunta de Alan Pauls: ¿cómo responde esta narración al interrogante sobre los límites del capitalismo? El trabajo se divide en dos secciones. En la primera repasamos la relación de Rosa con Ricardo Piglia a través de sus clases en Princeton, y la influencia ejercida por el escritor argentino en la obra del puertorriqueño, particularmente en Caja de fractales. En la segunda, analizamos la respuesta de Rosa al mencionado interrogante de Pauls, tomando en cuenta el interés del autor en el anarquismo. Nuestra hipótesis es que para la novela efectivamente es posible pensar un afuera del capitalismo, y que esa posibilidad no es solo imaginaria sino también propositiva. El texto invita a pensar la manera de abrir canales de solidaridad en un mundo que se plantea despiadado y opresivo. 


2021 ◽  
Vol 1 (52) ◽  
pp. 303-309
Author(s):  
Álvaro Monge Arístegui
Keyword(s):  

En la actualidad se ha configurado un número importante de publicaciones, académicas y de otra naturaleza, que abordan diferentes aspectos de la (auto) biografía y el diario de vida como género literario. Esta profusión de escrituras en torno a lo íntimo y a lo privado, quizás, se debe a que las plataformas digitales han exacerbado la transmisión inmediata de hechos particulares (encuentros familiares, celebraciones) como el único horizonte de acontecimientos susceptibles de comunicar...


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