CAMPOS - Revista de Antropologia Social
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Published By Universidade Federal Do Parana

1519-5538, 1519-5538

2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Ryanddre Souza
Keyword(s):  

O artigo apresenta algumas das análises preliminares da etnografia produzida acerca da formação do acervo no Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia da Universidade Federal de Mato Grosso, de forma a repensar os museus e suas coleções. Para tal, faz-se uma reflexão antropológica analisando o processo de aglutinação dos bens culturais preservados neste espaço com vistas a compreender as formas pelas quais estes objetos foram musealizados e quais perspectivas orientaram estas práticas. Entendem-se aqui os arquivos e coleções de museus como campos etnográficos legítimos, levando em consideração seus contextos sociais e simbólicos, já que tais inventários são constituídos, alimentados e mantidos por pessoas, grupos sociais e instituições, resultados de procedimentos de construir e ordenar conhecimentos. Assim, compreender as relações entre agentes e objetos que atuaram neste espaço museológico e quais as ações que produziram a visibilidade ou invisibilidade acerca da diferença ou dos povos indígenas nele representados.


2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Laura Pérez Gil

Ensaio sobre duas exposições


2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Josué Carvalho
Keyword(s):  

A proposta desse artigo nasce com intuito de saber mais sobre a descoberta dos museus pelo índio e sua participação como agente ativo no processo de musealização de sua cultura tradicional, material e imaterial. No percurso do estudo visa-se identificar e discorrer sobre os caminhos para formação de uma coleção: o quê e como é musealizável na perspectiva de índios kaingang da Terra Indígena Nonoai, situada no município de Nonoai, Rio Grande do Sul (RS). Para tanto, o estudo aborda as concepções indígenas de museu e de exposições como forma de narrativas e o quê do grupo é passível de musealização. O desafio metodológico que se coloca recai sobre o “pesquisador indígena”, responsável pelo projeto em pauta, ao pesquisar sua própria cultura e o museu como local de memórias, artefatos e objetos. A contribuição da pesquisa volta-se à constituição de museu como espaço de participação e autonarrativas com a perspectiva de como a musealização com o “outro” traz para o campo da museologia no presente. 


2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Aline C. Rabelo
Keyword(s):  

Os dois museus nacionais mais antigos da Tanzânia nasceram de projetos do empreendimento colonial britânico. Para alémde terem sido apropriados pelos objetivos de construção do estado nacional, estes museus e suas coleções etnográficascontinuaram atraindo substancialmente o interesse de turistas ocidentais. As comunidades locais (ou nacionais), entretanto,pareciam não se identificar com estes espaços que procuravam reificar a consolidação de identidades e de uma unidadenacional. O trabalho etnográfico nesses museus e a investigação de suas trajetórias e contextos históricos permitiram umaanálise de processos políticos relacionados à construção de identidades e identificações. O artigo em questão procuraevidenciar as ambivalências de propósitos que advêm dos encontros provocados nesses museus, algo que aponta nãoapenas para uma coexistência de (re)significações, mas, sobretudo, para compreensões que aparecem como possíveispara repensar os sentidos do espaço museológico em contextos africanos.


2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Campos - Revista de Antropologia Social

2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Douglas Fróis, Mariana Zarpellon, Marisa Rodrigues; Ramiro Gabriel Garcia

O ensaio apresenta as relações de alteridade que se estabeleceram em abril de 2015, durante o processo de curadoriacompartilhada que resultou na mostra “Kãchi Katukina”, que permaneceu de cerca de um ano exposta no Museude Arqueologia e Etnologia (MAE) da UFPR, em Paranaguá. Kãchi é a forma como o povo indígena Katukina, doAcre nomeia um jogo de barbante que, a partir de entrelaçamentos semelhantes as “camas de gato” resultam emformas que fazem referência à anatomia de animais e vegetais. A partir da articulação inicial da professora EdileneCoffaci de Lima (DEAN / UFPR), os trabalhos foram desenvolvidos por Mame (Nivaldo Rodrigues) e Wisi (FábioSilva), katukinas praticantes do Kãchi e curadores da exposição, alunos de graduação da UFPR e servidores etécnicos do MAE.


2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Birgit Meyer

Tomando como ponto de partida o paradoxo de que imediatismo não é anterior, mas antes um produto damediação, esse artigo argumenta que a negociação de tecnologias mediáticas recentes é um elemento-chave paraa transformação da religião. Invocada para autorizar a experiência de poderes espirituais como imediatos e reais, amídia tende a “desaparecer” ou se tornar “hiper-aparente” no ato da mediação. Argumento que entender a mídiacomo intrínseca à religião exige uma crítica fundamental das abordagens, tanto da religião quanto da mídia, quepropõem uma oposição entre mídia e imediatismo.


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