ArtCultura
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Published By Edufu - Editora Da Universidade Federal De Uberlandia

2178-3845, 1516-8603

ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 65-66
Author(s):  
Alexandre De Sá Avelar ◽  
Lucila Svampa

Ao longo das últimas três ou quatro décadas, os historiadores vêm demonstrando uma preocupação sensível com o tema da multiplicidade temporal. Ao tempo linear e homogêneo, característico de um regime disciplinar cada vez mais questionado, eles contrapõem “novas formas, múltiplas, variadas, policrônicas”. Essa pluralização expressa também questões políticas candentes, como aquelas relacionadas aos nossos tantos passados traumáticos, nos quais diversas modalidades de horror e de violência estatal indicam a persistência incontornável de experiências ainda sentidas como contemporâneas.


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 226-241
Author(s):  
Carlos Eduardo Rebello de Mendonça

Este artigo se debruça sobre a carreira do jornalista e ensaísta Paulo Francis (1930-1997) buscando explicar a razão da sua influência e da mudança das suas posições políticas num sentido cada vez mais direitista, como uma história de caso que habilitaria uma investigação sobre o papel e evolução política dos intelectuais de classe mé- dia no Brasil e no mundo, de meados para fim do século XX e na passagem da ditadura militar a uma redemocratização de cunho neoliberal


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 49-64
Author(s):  
Ana Cândida De Avelar
Keyword(s):  

A gestualidade presente na pintura gestual é frequentemente lida como fruto da descarga emocional do artista. Diante dessa leitura da crítica, tais obras são vistas pela associação da marca da gestualidade à ideia de uma atitude do artista comprometido com a arte. Neste artigo, proponho apresentar um comentário sobre esse discurso que funde artista e obra como um “lugar” da crítica de arte contemporânea no Brasil, sempre que esta é solicitada a enfrentar trabalhos que apresentam uma gestualidade evidente. Busco demonstrar ainda certas genealogias dessa leitura, amparada em ideias promovidas pelo romantismo, pelos expressionismos e pela action painting.


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 35-48
Author(s):  
Annateresa Fabris ◽  
Mariarosaria Fabris
Keyword(s):  

Um guindaste, em primeiro plano, simboliza a cidade em construção, onde presenças verticais mais modernas começam a despontar e a disputar o espaço com cúpulas e agulhas. Ao fundo, um horizonte infinito, cuja amplitude é ainda mais acentuada por uma massa de água, a qual, ao confundir-se com o céu, forma uma grande faixa luminosa.


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 210-225
Author(s):  
Marcio Luiz Carreri

Este texto é uma reflexão sobre o conjunto de eventos da “Revolução Constitucionalista” de 1932. O movimento bélico traduziu-se, antes e durante a sua ocorrência, em disputas sociopolí- ticas pela representação da memória. O vencedor nas trincheiras investiu em apregoar aos paulistas o caráter separatista, conservador e oligárquico da “revolução”. Na sua contraparte, uma historiografia de memória paulista, amparada em monumentos oficiais, somou esforços, após a derrota, na produção de uma outra narrativa e entronizou na memória social a celebração cívica ao 24 de julho, como um marco de resistência a um poder central autoritário e inconstitucional. Capital e trabalho participaram, cada um a seu modo, com suas representações, partidos políticos, como o PRP, PD e PCB, além de artistas, imprensa, soció- logo e literatos, entre eles Mário e Oswald de Andrade, com suas interpretações coletivas e singulares sobre as tensões e contradições naquele tempo.


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 160-174
Author(s):  
Luiz Fernando Rodrigues Lopes

O interesse central deste artigo é, a partir da reconstituição e da análise da trajetória do ourives do ouro Antônio Pereira Colaço, compreender os meandros institucionais do Tribunal do Santo Ofício em seu exercício de classificação social, com especial atenção ao peso que a fama pública teve na avaliação de candidaturas em dois momentos diferentes da história desse órgão. O roteiro de vida do personagem, que foi de aspirante a familiar do Santo Ofício a réu preso e processado pela Inquisição, faz de sua trajetória um arquétipo processual bastante representativo das conjunturas vividas por muitos frente ao poder punitivo e também classificatório da instituição. O exame desse enredo visa colaborar com a compreensão da historicidade dos regimes simbólicos do provimento inquisitorial e, em alguma medida, com a mensuração do impacto que teve a Inquisição na estigmatização e na exclusão social no Antigo Regime português.


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 95-105
Author(s):  
Francisco Naishtat

Según la primera generación de la École des Annales, el anacronismo es “el más imperdonable de todos los pecados”. Sin embargo, Benjamin acentuó no sólo cierta inevitabilidad del anacronismo, sino inclusive su potencialidad. Su noción de huella (Spur) destaca aquello que persiste a través de diferentes épocas, comprendido a partir de una idea de pervivencia (Nachleben), que da lugar a la figura arqueológica de un pasado que interrumpe la relación del presente consigo mismo. El trabajo de Didi-Huberman, dando cauce a las intuiciones señaladas por Benjamin, hace de la potencia del anacronismo el punto de partida para la conceptualización de una metodología en el ámbito de la historia. La inactualidad del pasado reviste carácter de incumplido, prehistórico, arqueológico, discontinuo e inconsciente, cuya distancia no es menos portadora de una exigencia de traducibilidad (Ubersetzbarkeit).


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 262-267
Author(s):  
Rodrigo Gomes Oliveira Pinto
Keyword(s):  

O silêncio da antiga Musa é evocado nos versos finais da proposição de Os lusíadas (1572), de Luís de Camões, a fim de que, cessados os cantos que notabilizaram a fama de heróis como Odisseu ou Eneias, possa ser entoado e ouvido um canto de maior valor, que, com “engenho & arte”, louva as façanhas de “barões assinalados”, cujas ações dilataram o império lusitano e a cristandade, nos séculos XV e XVI. O silêncio é conclamação de engrandecimento da matéria camoniana, é locus epidítico que evidencia as práticas compositivas de imitação e de emulação no gênero épico, consoante a autoridade homérica, ao passo que a Musa, filha de Zeus e da Memória, Calíope – posto que presida o gênero em que Camões escreve, mesmo se fosse invocada no poema, e não as fictícias Tágides –, não evoca como nume a verdade de todas as coisas, porque nada anima; ela ornamenta e denota as convenções eruditas de verossimilhança e de adequação da ficção em Os lusíadas, mirando o deleite discreto e a instrução, sempre muito obediente e muito cristã, dos letrados portugueses seiscentistas.


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 192-209
Author(s):  
Ivan Sergio

El presente artículo se centra en una experiencia de propaganda fascista en el extranjero, en concreto sobre la obra de Mario Appellius, Cile e Patagonia. Empezaremos con trazar algunas de las características generales de la propaganda de Mussolini a nivel nacional e internacional, poniendo mayor énfasis sobre el concepto de cultura fascista. En segundo lugar, abordaremos el tema de la cultura fascista en el extranjero, haciendo hincapié sobre los mecanismos utilizados por el Duce para aumentar su consenso. Después, nos centraremos en la figura de Mario Appellius y analizaremos algunos capítulos de su obra dedicada a Chile, focalizándonos en la actitud del autor hacía el pequeño país andino; por último, trazaremos nuestras conclusiones subrayando los aspectos más interesantes de esta experiencia literaria de propaganda fascista en Chile.


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 106-123
Author(s):  
Claudio F. Díaz

En el presente trabajo propongo una escucha en clave política de algunas canciones del Dúo Pimpinela. Estos artistas se hicieron conocidos a principios de la década de los ochenta del siglo pasado con una propuesta innovadora que combinaba los temas y formas musicales de la balada romántica con estructuras dramáticas propias del teatro, para representar escenas basadas en las peleas y rupturas de pareja. Las canciones de pelea, si bien mostraron la capacidad de interpelar masivamente al público, no se han pensado en vinculación con el proceso de transición democrática que se iniciaba en esos años con el debilitamiento de la dictadura, principalmente después de la guerra de Malvinas. Sin embargo, una escucha en clave política se hace posible si se vinculan la crisis de las relaciones entre los géneros, en especial las relaciones matrimoniales, por una parte, con un amplio conjunto de demandas de democratización que caracterizaron el período, por otra. Para fundar esa escucha política, propongo recuperar dos nociones de larga trayectoria en los estudios culturales: la de “inconsciente político”, desenvolvida por Frederic Jameson, y la de “estructura de sentimiento”, propuesta por Raymond Williams.


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