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Published By Universidade De Sao Paulo Sistema Integrado De Bibliotecas - Sibiusp

2594-5920, 1984-6363

Author(s):  
Rafael Gironi Dias

No início da década de 1970, a preocupação com uma melhor definição de práticas discursivas permeia o horizonte de pesquisas do filósofo francês Michel Foucault. A noção de acontecimento discursivo ganha proeminência em seu primeiro curso no Collège de France, Aulas sobre a vontade de saber. Apropriando-se daquilo que denomina “sistema Nietzsche”, Foucault volta-se para a emergência de uma ética da verdade na Grécia clássica que não teria sua origem em um sistema filosófico como o de Aristóteles. Nessa perspectiva, o discurso verdadeiro seria um efeito de práticas muito diversas e teria sua conformação a partir de exigências político-econômicas e jurídico-religiosas. Com isso, a exclusão do raciocínio sofístico empreendida por Aristóteles seria o efeito último de uma série de transformações que permeiam os séculos VII e VI a.C. na Grécia, e não um acontecimento discursivo único e lapidar deste tipo de relação para com o discurso verdadeiro. Foucault quer mostrar que “um acontecimento é sempre uma dispersão; uma multiplicidade. É o que passa aqui e ali; é policéfalo”.


Author(s):  
Katharynne Norrana Damasceno de Jesus
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Este estudo investiga o conceito gadameriano de monumento arquitetônico, apresentado em Verdade e método. Apesar de se referir ao monumento arquitetônico apenas em trechos de sua obra, Gadamer insere a arquitetura no contexto das obras de arte, situando-a em uma posição exemplar dentre as outras expressões artísticas no processo de compreensão da verdade. Sendo assim, a pesquisa objetivou traçar um estudo da noção gadameriana de monumento arquitetônico e, consequentemente, inserir a problemática hermenêutica no estudo da arquitetura. A metodologia se caracterizou por ser essencialmente bibliográfica. Percebeu-se que a visão de Gadamer sobre a arquitetura é como local de abrigo de todas as artes. Esta, quando consegue suprir seu aspecto funcional e artístico, pode ser denominada de monumento arquitetônico: a arquitetura como obra de arte. Almeja-se portanto, estreitar o vínculo existente entre filosofia e arquitetura, a fim de indicar novas perspectivas para a compreensão da arte da construção.


Author(s):  
Matheus Oliveira Cenachi
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Capítulo do romance no qual hoje trabalho, esta poesia é nitida e manifestamente uma conversa com "Tabacaria" de Fernando Pessoa. A ideia central foi precisamente desenvolver certos temas não presentes em Tabacaria, mas com uma voz semelhante à de Pessoa nesse poema.


Author(s):  
Pedro De Carvalho Naletto

Este artigo pretende retomar a relação proposta por Davi Arrigucci Júnior entre o flâneur baudelairiano de “O pintor da vida moderna” e o personagem Roberto-Michel, do conto “Las babas del diablo”, de Julio Cortázar, à luz da análise do flâneur desenvolvida por Walter Benjamin no ensaio “Paris do segundo império”. Baudelaire retira a figura do flâneur do conto “O homem na multidão”, de Edgar Allan Poe, e a descreve em associação às ideias da convalescença e da infância, que exprimem a curiosidade do flâneur em meio à multidão. Na análise de Benjamin, por outro lado, a multidão ganha um caráter negativo, como esconderijo do flâneur, visto que este não se sente seguro no meio social. Ao retomar a análise de Benjamin, este artigo tem como objetivo propor uma possível contribuição à interpretação feita por Arrigucci Jr. do personagem de Cortázar.


Author(s):  
Thaís Vasconcelos Rodrigues

Este artigo pretende constituir o conceito de consciência linguística por meio de uma análise de processos cerebrais de linguagem e sua classificação como conscientes ou inconscientes. Para tanto, descrevem-se alguns experimentos mentais e textos dos neurolinguistas Peter Indefrey e Willem Levelt acerca das questões sobre produção e percepção da linguagem. Ressaltando que a consciência tem papel ativo em tais processos linguísticos, busca-se apontar esse papel quanto a concepção da consciência no que concerne a certos processos linguísticos.


Author(s):  
Izabella Corrêa Magalhães Coutinho
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Ao investigar aquele que seria o aspecto fundamental da técnica moderna, Martin Heidegger explicita o nexo que liga o fenômeno da técnica à metafísica, à ciência, à linguagem e ao destino e futuro do Ocidente. Conduzido através do sentido e verdade do Ser, o filósofo compreende a essência da técnica como desencobrir, trazendo à luz o que soa através das palavras gregas tékhne, poiésis e alétheia. Nessa compreensão, a questão da técnica se orienta para o âmbito mais originário da linguagem. Considerando os escritos de Heidegger pós-1930, sobretudo A questão da técnica, publicado em 1954, Língua de tradição e língua técnica, de 1962, e Para quê poetas?, de 1946, o objetivo deste texto é percorrer o caminho de tal orientação, investigando como se expressam e se estreitam as relações entre a essência da técnica e os sentidos de verdade, destino, língua e linguagem no pensamento de Heidegger. No curso desse exame – da questão da técnica à linguagem – deve ser possível retomar o que nos diz o filósofo a respeito da tarefa de pensar o homem contemporâneo na dominância da técnica e suas tecnologias.


Author(s):  
Marcus Vinicius Felizardo

Passando pelo preconceito finalista, pelas superstições, pela manipulação do sentido das escrituras e pela imaginação e suas consequências no interior da experiência política, pretendemos evidenciar, com base no Tratado Teológico-Político de Espinosa, como a experiência comum de aumento de potência é inacessível aos indivíduos, pois, por meio de um sistema de implicações imaginativas, e da impossibilidade de expressão dos conflitos sociais imanentes à sociedade, são alvejados pela colonização de preconceitos e afetos passivos que os fazem voluntariamente obedecer a um regime de opressão


Author(s):  
Izabela Loner Santana

Este ensaio tem como objetivo refletir sobre a relação entre subjetividade e trabalho no atualestado do capitalismo. Para isso, mobiliza-se, por um lado, a teoria de Maurizio Lazzarato e Antonio Negrisobre o trabalho imaterial, em seus textos da década de 1990, nos quais mostram um otimismo em relaçãoàs condições de trabalho contemporâneas e sua abertura à emancipação; assim como a obra de PierreDardot e Christian Laval acerca da lógica neoliberal e como esta cooptou até mesmo a possível abertura àemancipação indicada por Lazzarato e Negri. Tal reflexão, portanto, pretende mostrar como a opressão edominação do capital aprofundou-se em um cenário diferente do profetizado no início do neoliberalismo.  


Author(s):  
Pedro Casalotti Farhat
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Partindo da distinção liberal tradicional entre público e privado, nós concebemos a trajetória que inicia com o liberalismo de John Rawls e desemboca nas críticas feministas das filósofas Susan Okin e Seyla Benhabib ao liberalismo de Rawls. Com estas críticas e desenhando seus esforços, nós concebemos um entendimento acerca da distinção inicial, profundamente marcada pela tradição, apenas para indicar ao final um modelo teórico que poderia garantir a participação política de mulheres e outros grupos historicamente excluídos do espaço público e das disputas de poder.


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