Horizontes Antropológicos
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Published By Scielo

0104-7183, 0104-7183

2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 113-141
Author(s):  
Mariana Viera Cherro

Resumen Este artículo aborda las consideraciones que orientan la política nacional en materia de reproducción, en particular la reproducción humana asistida y cómo ingresa en este debate, y en la puesta en práctica de la legislación, la religión -como dogma, pero también como creencia y como práctica-. El artículo también analiza qué implicancias tiene la normativa y la práctica en los procesos de bioacumulación que se realizan en el marco de estas bioeconomías y su impacto en las relaciones de género. El análisis pone en diálogo hallazgos de mi trabajo de campo con biotecnologías reproductivas con documentos sobre el posicionamiento de la Iglesia Católica ante estos procedimientos, especialmente en lo relativo a la intervención de las tecnologías reproductivas en la conformación del parentesco y en los debates en torno a la producción de embriones in vitro.


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 85-111
Author(s):  
Sonja van Wichelen

Resumo Este artigo examina como o direito interage com as mudanças biotecnológicas, olhando para a maneira em que, em processos de reprodução assistida, justificativas legais se relacionam com o conhecimento biológico e social que está redefinindo “pai” e “mãe”. Usando o conceito de “biolegalidade”, foco no surgimento de novas formas de parentalidade legal, analisando como a reivindicação por direitos pode ser baseada em verdades tanto genéticas quanto jurídicas. Ao contrário dos entendimentos convencionais em que “a lei se arrasta atrás da tecnologia”, o artigo visa demonstrar como o conhecimento jurídico interage com as tecnologias e as ciências da vida para rearranjar os próprios entendimentos sobre os direitos. A partir das práticas dos tribunais australianos em relação à legalização da paternidade de crianças nascidas de uma gestação por substituição no exterior, analiso argumentos e decisões de casos federais e locais, demonstrando como uma “abordagem de direitos humanos” promovida por juízes que agem no “melhor interesse de a criança” desestabiliza a aplicação de leis australianas locais que proíbem a gestação por substituição comercial.


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 257-290
Author(s):  
Giovana Acacia Tempesta ◽  
Ruhana Luciano de França

Resumo No bojo do movimento de humanização do parto e nascimento no Brasil, doulas e educadoras perinatais vêm se apropriando de certos conhecimentos biomédicos e combinando-os a conhecimentos “tradicionais” ou “alternativos” em torno do parto. Na última década, muitas delas passaram a falar abertamente sobre violência obstétrica e a legitimar o direito das mulheres a narrar o sofrimento experimentado, compondo um outro referencial de cuidado, articulado a uma pedagogia reprodutiva contra-hegemônica. A partir de uma mirada interseccional, propomos pensar a doulagem associada à educação perinatal como prática de problematização dos pressupostos culturais mais gerais em torno dos quais se organizam as hierarquias reprodutivas vigentes e o modelo obstétrico hegemônico. Sugerimos que a presente contribuição permite ampliar o debate sobre governança reprodutiva para além do fundamento liberal do paradigma dos direitos sexuais e reprodutivos, de modo a acolher as premissas da luta por justiça reprodutiva.


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 351-377
Author(s):  
Alessandra de Andrade Rinaldi ◽  
Ricardo Andrade Coitinho Filho ◽  
Juliana Borges de Souza ◽  
Camila Cristina Dias de Souza

Resumo O objetivo deste artigo é analisar como sujeitos produzem agenciamentos sociais na interface entre identidades, sexualidades, direitos e família. Para tanto, partimos de diferentes trajetórias de Geni, uma mulher transexual, mãe por adoção, portadora de registro de nascimento, sem modificação de gênero, que vive em união estável com Jonas, com quem adotou cinco filhos, nos últimos 30 anos. Os dois primeiros estiveram sob seus cuidados, sem o aval do Poder Judiciário. Os três últimos foram tornados filhos de Geni, com a chancela da Vara da Infância e Juventude, ao ajuizar com Jonas uma ação de adoção na qualidade de “família homoafetiva”. Geni age dentro de um campo de possibilidades que a vida ordinária lhe possibilita. Sua atuação não se manifesta de uma forma heroica, parafraseando Veena Das (2007), mas por meio da mobilização estratégica que sua identidade de gênero lhe configura nos cenários pelos quais transita, segundo suas diferentes experiências maternas.


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 143-162
Author(s):  
Véronique Duchesne

Abstract For sub-Saharan women enrolled in a protocol for assisted reproductive technology (ART), the use of mobile phones entails dual allegiance: toward the services of reproductive medicine and toward their transnational family. Indispensable for medically monitoring women’s reproductive bodies, the mobile phone enters the process for producing female gametes and contributes to the gender asymmetry typical of biomedicalized procreation. It is also used to maintain contacts with transnational family members who, from a distance, obtrude in the woman’s reproductive life. The use of mobile phones extends biomedical power over the woman’s body into her everyday life and the normative power of her transnational family into reproduction. Paradoxically, the mobile telephone allows collateral relatives to support the woman seeking reproduction assistance while also “hypermedicalizing” the woman’s daily life. Also paradoxically, this everyday companion is conductive to individual autonomy while also being used for new forms of surveillance and control. The data come from fieldwork conducted in the greater Paris area between 2011 and 2013 within a network of ART professionals and their patients.


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 199-225
Author(s):  
Johana Kunin
Keyword(s):  

Resumen Realizamos trabajo de campo etnográfico y analizamos sentidos y prácticas divergentes hacia talleres de crianza y parto respetado en las periferias de un distrito rural bonaerense. Los objetivos iniciales de estas iniciativas públicas y gratuitas no fueron totalmente alcanzados ya que lograron convocar a menos participantes de lo previsto. Llamamos por lo tanto nominalistas a las mujeres que acuden a los talleres, lugares donde se sostiene que la mujer tiene que volverse una con su “cría” para luego buscar “espacios de autonomía”. Ellas se distinguen a sí mismas de la mayoría de las mujeres que no acude a los talleres. Frente a las primeras, estas últimas no harían un “esfuerzo” ni pondrían atención especial en los procesos de parto y crianza que concebirían como “naturales”. Así se ve como no todo el mundo está “intrínsecamente” atraído por el paradigma del “parto respetado”.


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 437-452
Author(s):  
Fabio Lopes Alves ◽  
Claudia Barcelos de Moura Abreu ◽  
Tânia Maria Rechia Schroeder ◽  
Adrian Alvarez Estrada

Resumo No ano de 2021 comemora-se o aniversário de 25 anos da fotoetnografia. Para celebrarmos um quarto de século da emergência desse campo no âmbito da antropologia visual, realizamos uma entrevista com Luiz Eduardo Robinson Achutti. A entrevista está estruturada em torno de três tópicos. O primeiro dialoga sobre a trajetória profissional e acadêmica do entrevistado; o segundo aborda aspectos teóricos e metodológicos da fotoetnografia e o terceiro apresenta um balanço dos desafios e perspectivas desse conceito para os próximos 25 anos.


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 379-403
Author(s):  
Mariza Peirano

Resumo Partindo da relação intrínseca entre teoria e etnografia, abordo neste artigo alguns dos motivos pelos quais, ainda hoje, Argonautas do Pacífico Ocidental é uma referência central para as ciências sociais. Precursor da pesquisa de campo intensiva, Malinowski definiu diretrizes, favoreceu novas teorias, nutriu ideais, formulou utopias e influenciou outras disciplinas das humanidades, tornando-se ele próprio uma figura mítica na antropologia. Deixou para as futuras gerações o desafio da procura do “ponto de vista nativo” e a elaboração de “teorias etnográficas”. O texto aborda também o estilo de pesquisa anterior à de Malinowski, a forma da monografia, a relação entre seu diário de campo e as cartas escritas na época, e as reanálises a que o livro foi submetido.


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 405-435
Author(s):  
José Guilherme Cantor Magnani

Resumo O centenário da publicação de Argonautas do Pacífico Ocidental enseja não apenas a necessária referência, mas um cuidadoso resgate da contribuição para a prática etnográfica e reflexão conceitual que a saga de Bronislaw Malinowski legou para a antropologia. Claro, é necessária uma também cuidadosa releitura de seus achados nas Ilhas Trobriand tendo em vista a realidade atual, principalmente quando os temas de pesquisa têm como recorte a dinâmica das grandes cidades contemporâneas. Essa é a linha que percorre o presente artigo, com base em pesquisas e experimentos no âmbito da antropologia urbana, levados a cabo por integrantes do Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP (LabNAU).


2021 ◽  
Vol 27 (61) ◽  
pp. 291-322
Author(s):  
Marina Nucci ◽  
Natalia Fazzioni

Resumo Neste artigo refletimos sobre os sentidos atribuídos ao leite materno, e os diferentes atores e mecanismos morais que orientam e regulam a prática da amamentação. Nosso foco é a “amamentação cruzada”, ato em que um bebê é amamentado por alguém que não sua própria mãe - contraindicado pelo Ministério da Saúde pelo risco de transmissão de doenças. A partir da análise de materiais diversos, como reportagens e postagens em redes sociais, observamos como casos de amamentação cruzada repercutem a partir de um “script”, em que profissionais de saúde alertam para tais riscos, ao mesmo tempo que atestam a segurança dos bancos de leite, onde o leite doado é pasteurizado. Assim, analisamos ambiguidades em torno do leite e da amamentação, chamando atenção para os processos históricos de estabelecimento dos bancos de leite no Brasil. Por fim, à luz das discussões sobre cuidado, debatemos diferentes modos de vivenciar família, maternidade e amamentação.


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