RESUMO A memória tem a característica de ser ubíqua e é considerada um fenômeno de identificação e pertencimento no qual o indivíduo é sujeito e objeto. Nesse contexto, objetiva-se apresentar algumas diferenças entre memória institucional e memória organizacional no intuito de evidenciar que ambas se integram, não havendo subordinações. No que tange aos procedimentos metodológicos, esta pesquisa é de natureza qualitativa, tipologicamente descritiva e exploratória. Para tanto, realizou-se um protocolo de Revisão Sistemática da Literatura,contemplando o período de 2009 a 2019. Considera-se que os achados podem contribuir para enriquecer o referencial teórico do campo científico da Ciência da Informação, mais especificamente no que se refere à memória institucional,relacionada à legitimidade, e à memória organizacional,vinculada à eficiência e eficácia das organizações. Como resultados, evidencia-se que não há subordinações, mas sim algumas particularidades e individualidades entre a memória institucional e a memória organizacional, demonstrando que a memória institucional se relaciona ao valor social do grupo, tem dificuldade em ser prática, realista e objetiva, está no todo instituído, não é pragmática, é um objeto intencional e um fenômeno coletivo que lida com relações de poder; já a memória organizacional é prática, pragmática, objetiva, está a serviço, tem foco em ações concretas e na construção de processos de gerenciamento e está voltada à produtividade. Como similaridades,identificou-se que ambos os processos de memória são cíclicos, mutáveis, estão em constante construção, são singulares e devem ser considerados fenômenos sociais, pois são produtos de relações sociais. Considera-se que os achados podem contribuir para enriquecer o referencial teórico do campo científico da Ciência da Informação, mais especificamente no que se refere à memória institucional, relacionada à legitimidade, e à memória organizacional, vinculada à eficiência e eficácia das organizações.