scholarly journals “Essas mentiras, caro doutor, vão tornar-se verdades indiscutíveis”: memórias subterrâneas, violência e legitimidade em O anjo branco, de José Rodrigues dos Santos

2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 95-108
Author(s):  
Daniel Laks
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O objetivo deste artigo e discutir o romance O anjo branco, de Jose Rodrigues dos Santos, a partir da ideia do campo literário como um arquivo de memorias que se confrontam em disputa por uma autoridade narrativa sobre um tempo e a legitimidade dos seus acontecimentos específicos. O autor se coloca como representante de sua comunidade de memória e teatraliza, no palco de sua narrativa, uma argumentação ideológica interessada muito mais na representação do que chama de “espírito do tempo” do salazarismo do que na reconstituição factual das ocorrências. Esta noção das intenções que sustentam as ações do regime está intimamente relacionada a base das teorias contratualistas que justificam o monopólio e a utilização da violência por parte do poder público quando visam o bem comum. Assim, o artigo discute a relação entre história, memoria, política e literatura a partir de teóricos como Thomas Hobbes, Hayden White, Micheal Pollack, Margarida Calafate Ribeiro e Diana Klinger.

XVII-XVIII ◽  
1983 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 7-19
Author(s):  
Franck Lessay
Keyword(s):  

2007 ◽  
Vol 50 (1) ◽  
pp. 113-131
Author(s):  
Petar Bojanic
Keyword(s):  

(nemacki) Im Text wird zun?chst Hobbes' Interpretation des Verrats und des Hochverrats vorgestellt Hobbes versucht, zwei alte Institutionen des r?mischen Rechts seiner Zeit und dem Wissensstand in Theologie und Philosophie anzupassen. Die Figur des Verrats (and des Verr?ters) ist sehr bedeutsam im Kontext von Hobbes Verst?ndnis des Souver?ns und der Souver?nit?t. Der zentrale Abschnitt des Texts unternimmt den Versuch, im Rahmen von Hobbes' Begriff der Repr?sentation, ?ber den er im 16. Kapitel des "Leviathan" spricht, den Ursprung und die unbedingte Bedingung des Verrats als solchen aufzudecken. Der Akt des Verrats, in dem wir die verr?terische Geste (oder die Dynamik des Verrats) entdecken k?nnen, k?nnten in dem sogenannten Paradox der Repr?sentation und der Prokuration gefunden werden. Der Verr?ter unterbricht die Kette der ?bertragung der Macht und der Bem?chtigung, er hebt die Repr?sentation und das Sprechen im Namen eines anderen auf. Wie ist dies m?glich? Enth?lt das Sprechen und Handeln im eigenen Namen immer ein Element des Verrats?.


Author(s):  
James McNaughton

The Unnamable confronts inherited narrative and linguistic forms with the incommensurability of recent genocide. Initially, the book performs this inadequacy by confronting novel tropes with distorted images cribbed from memoirs of Mauthausen concentration camp. Then it updates surrealist treatments of Parisian abattoirs, asking whether industrialized slaughter is also the sign and fulfillment of modern genocide. The Unnamable also confuses literary production and the biopolitical aspirations of authoritarian politics: Beckett’s narrator writes from a conviction that language can become wholly performative and has the capacity to incarnate and to kill. The narrator attempts to deconstruct language, but doing so ironically transcends literary and philosophical problems to reveal historiographical problems as well, the missing voices of those killed without trace. The chapter ends with a theoretical coda that productively contextualizes Beckett’s strategy with historiographical debate about narrative and genocide by Paul Ricoeur, Giorgio Agamben, Hayden White, and others.


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