Introdução: A leishamaniose visceral é uma doença parasitária transmitida pelo flebótomo Lutzomyia longipalpis causada por um protozoário do gênero Leishmania spp. e tem uma grande importância na saúde única, visto que é uma doença zoonótica, endêmica no Brasil. É importante que o médico veterinário esteja atento aos achados clínicos dessa patologia, inclusive aqueles presentes nos exames complementares. Objetivo: Demostrar os possíveis achados no hemograma, na urinálise e no perfil hepático de cães acometidos pela leishmaniose visceral. Material e métodos: a revisão foi desenvolvida a partir de consultas bibliográficas acerca da leishamaniose visceral canina, que abordassem sobre exames complementares e artigos publicados em bancos científicos. As bibliografias utilizadas foram Hematologia E Bioquímica Clínica Veterinária (2ª ed.) e Fundamentos de Patologia Clínica Veterinária (2ª ed.). As plataformas cientificas utilizadas foram o Google Acadêmico (Scholar), The Scientific Eletronic Library Online) e Pubmed®, totalizando 6 artigos. Resultados: Relata-se que, no hemograma, é comum encontrarmos, nesses animais, uma anemia de morfologia normocítica e normocrômica, uma leucopenia com linfopenia e uma trombocitopenia, todas não regenerativas, caracterizando uma pan hipoplasia medular, em animais na fase inicial da doença é comum a leucocitose com neutrofilia. Na urinálise, comumente encontra-se leucocitúria e proteinúria, assim como presença de cilindros, podendo ser hialinos e granulosos, caracterizando lesão tubular renal. A glomerulonefrite também pode ser destacada, sendo essa acarretada devido a deposição de imunocomplexos. No exame bioquímico poucas são as diferenças relatadas, entretanto os cães afetados pela leishamania spp. podem apresentar azotemia, caracterizada pelo aumento excessivo da creatinina e ureia no exame laboratorial, a hipoalbunemia também é descrita, sendo essa em razão da resposta imune frente ao parasita, que causa inflamação hepática. Conclusão: A leishmaniose visceral canina causa diversas alterações laboratoriais em animais acometidos. Entretanto, é importante salientar que, com apenas esses exames, não é possível fechar o diagnóstico da doença, sendo esses utilizados para auxiliar o médico veterinário a complementar a suspeita clínica