Abigail Miranda-Magalhães
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Hévellin Talita Sousa Lins
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Tayonara dos Santos Melo
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Tuanne dos Santos Melo
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Augyna Pamyda Gomes da Silva
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Introdução: O Lúpus Eritematoso é uma doença autoimune mediada, principalmente, por autoanticorpos. Esta doença apresenta alta variabilidade sintomatológica, o que torna extremamente difícil o diagnóstico precoce. Além disso, também pode ser encontrado de formas diferentes de acordo com a localização do órgão afetado, tais como: 1) nos órgãos internos, irá desencadear o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES); e 2) no tecido epitelial, desencadeará o Lúpus Eritematoso Cutâneo (LEC)1. O LES afeta, principalmente, os rins, pulmão, coração, cérebro e articulações, tendo sintomatologias distintas apresentada por dores articulares, dores abdominais, dificuldades para respirar, redução das funções renais, convulsões e, em casos raros, tromboses1. O LEC afeta a pele e a maior característica entre os pacientes é a alta sensibilidade ao sol. Esta exposição pode provocar lesões, manchas avermelhadas ou até cicatrizes desfigurantes e profundas2. Objetivo: Realizar um levantamento bibliográfico sobre a fotossensibilidade do Lúpus Eritematoso Sistêmico e do Lúpus Eritematoso Cutâneo frente aos raios ultravioleta (RUV). Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa. Os artigos selecionados foram publicados entre janeiro de 2018 e agosto de 2021 através dos seguintes bancos de dados: PubMed, NCBI, Science Direct, EBSCO e SciELo. Para realizar o levantamento de dados foram utilizados como descritores “Sistemic Lupus Erythematosus and Photosensitivity” e “Cutaneous Lupus Erythematosus and Photosensitivity”. Resultados: Os estudos demonstraram a relação entre a exposição solar em pacientes com lúpus eritematoso (LES e LEC) e o agravo das diferentes sintomatologias, dentre estas: fadiga, artralgia, artrite, febre modera ou intensa, alopecia, insuficiência renal, trombocitopenia, aumento na quantidade de lesões cutâneas e de cicatrizes desfigurantes, dentre outras3. Atualmente, sabe-se que o LEC acomete, aproximadamente, 70% dos pacientes que possuem LES aumentando a incidência no número de óbitos. Entretanto, também foi observado nesses estudos que a vitamina D, além de seu importante papel na homeostase do cálcio, apresenta efeitos imunomoduladores sobre as células do sistema imunológico, especialmente, frente aos linfócitos T e os autoanticorpos4,5. Conclusão: Os raios ultravioleta são capazes de provocar diversos danos em pacientes com LES e LEC. Diante disso, torna-se de extrema importância que os utilizem medidas fotoprotetoras, podendo ser através do uso de protetores solar, roupas com proteção à raios ultravioleta, chapéus, guarda sol e outras. Além disso, foi observado que a vitamina D pode ser bastante benéfica frente a pacientes autoimunes. Entretanto, mais estudos são necessários para elucidar as dúvidas sobre os riscos e benefícios da vitamina D nesses pacientes.