mouvements sociaux
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(FIVE YEARS 1)

Caderno CRH ◽  
2021 ◽  
Vol 34 ◽  
pp. 021004
Author(s):  
Ellen Gallerani Corrêa

<p>Durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), o número de centrais sindicais cresceu no Brasil e uma acirrada competição por representatividade se estabeleceu entre elas. Este artigo tem como objetivo analisar como essa concorrência se manifestou no movimento sindical por meio do estudo de caso do sindicalismo de trabalhadores rurais, enfatizando as mudanças ocorridas na Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), a principal entidade sindical desse segmento. A investigação foi realizada por meio de entrevistas com dirigentes e assessores sindicais, análise de documentos e imprensa sindical e observação de eventos de entidades selecionadas. Concluímos que a criação de novas centrais sindicais e a possibilidade de obter o seu reconhecimento legal nos anos 2000 estimularam alianças e rupturas no sindicalismo de trabalhadores rurais, as quais levaram à formação de novas entidades rurais e retroalimentaram o processo de criação de centrais.</p><p><strong>RURAL WORKERS’ UNIONISM AS AN OBJECT OF DISPUTE AND AS AN AGENT FOR THE CREATION OF UNION FEDERATIONS IN BRAZIL (2003-2017)</strong><br /><br />During the Worker’s Party (Partido dos Trabalhadores – PT) governments the number of union federations grew in Brazil, establishing a fierce competition<br />for representation between them. This article analyzes how this competition manifested in the labor movement by the case study of rural workers’<br />unionism, emphasizing the changes that occurred in the Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), the main union entity in this segment. The study comprised interviews with union leaders and advisors, analysis of documents and union press and observation of events from selected entities. We conclude that the creation of new federations and the possibility of obtaining their legal recognition in the 2000s promoted alliances and ruptures in rural workers’ unionism, leading to the formation of<br />new rural entities and fed back into the process of creating union federations.</p><p>Keywords: Union Federations. Rural Unionism. Rural Workers. Rural Social Movements. PT Governments.</p><p><strong>LE SYNDICALISME DES TRAVAILLEURS RURAUX </strong><strong>COMME OBJET DE DISPUTE ET COMME </strong><strong>AGENT DE CONSTRUCTION DES CENTRALES </strong><strong>SYNDICALES AU BRÉSIL (2003-2017)</strong></p><p><strong></strong>Sous les gouvernements du Parti des travailleurs (Partido dos Trabalhadores – PT), le nombre de centrales syndicales a augmenté au Brésil et une<br />concurrence féroce pour la représentation s’est établie entre elles. Cet article analyse comment cette concurrence s’est manifestée dans le mouvement<br />syndical à travers une étude de cas du syndicalisme des travailleurs ruraux, en soulignant les changements survenus au sein de la Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), la principale entité syndicale de ce segment. La recherche a été menée par le biais d’entretiens avec des dirigeants et des conseillers syndicaux, d’une analyse de documents et de la presse syndicale et de l’observation des événements des entités sélectionnées. On conclut que la création de nouvelles centrales syndicales et la possibilité d’obtenir leur reconnaissance légale dans les années 2000 ont stimulé les alliances et les ruptures dans le syndicalisme des travailleurs ruraux, ce qui a conduit à la formation de nouvelles entités rurales et a alimenté « en retour » le processus de création de centrales.</p><p>Mots-clés: Centrales Syndicales. Syndicalisme Rural. Travailleurs Ruraux. Mouvements Sociaux. Ruraux. Gouvernement du PT.</p>


Caderno CRH ◽  
2021 ◽  
Vol 34 ◽  
pp. 021008
Author(s):  
Marco Antonio Teixeira

<p>O artigo analisa a Marcha das Margaridas, uma mobilização feminista realizada no Brasil sob a liderança das mulheres do campo, da floresta e das águas, nos anos de 2015 e 2019, considerado o tempo de ascensão das novas direitas. A Marcha é organizada pelas mulheres do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, em aliança com outros movimentos sociais, centrais sindicais e organizações internacionais. Adota-se uma abordagem teórica que considera a atuação dos movimentos sociais por meio dos conceitos de ações de reprodução social e formas de ação coletivas. Isso significa analisar a Marcha para além de suas expressões mais visíveis – uma grande marcha na cidade de Brasília e as negociações com agentes estatais (formas de ação coletiva). A mobilização envolve também um longo processo de organização, formação e<br />política de alianças com outros atores sociais (ações de reprodução social). Argumenta-se que analisá-las de maneira interdependente e vis-à-vis à estrutura de oportunidades políticas no tempo de ascensão das novas direitas aumenta a capacidade de compreensão de como movimentos sociais populares atuaram considerando o novo contexto.</p><p><strong>SOCIAL MOVEMENTS IN TIMES OF THE RISE OF THE NEW RIGHT: the Marcha das Margaridas</strong><br /><br /></p><p>This article analyses the Marcha das Margaridas, a feminist mobilisation spearheaded by women from the Brazilian Union of Rural Workers in alliance with other social movements, trade unions, and international organisations in the years 2015 and 2019 – considered to be the time of the rise of the new right. From a theoretical approach that regard the performance of social movements based on the concepts of actions of social reproduction and forms of collective action, we analyse the Marcha beyond its most visible expression – that is, a large street protest in the city of Brasilia, and the negotiations with state agents (forms of collective action). Rather, we understand this movement as also involving a long process of organisation, mobilisation, political formation activities, and politics of alliances with other social actors (actions of social reproduction). By analysing them interdependently and vis-à-vis the political opportunity structures at the time of the rise of the new right, we will better understand how social movements acted considering the new context.</p><p>Keywords: Social Movements. New Rights. Collective Actions. Social Reproduction Actions. Marcha das Margaridas.</p><p><strong>LES MOUVEMENTS SOCIAUX POPULAIRES FACE A LA MONTEE DE LA NOUVELLE DROITE: la Marcha das Margaridas</strong><br /><br />L’article analyse la Marcha dasMargaridas, une mobilisation féministe qui a eu lieu au Brésil entre 2015 et 2019, période considéré comme celle de la montée de la nouvelle droite brésilienne. Dirigée par des femmes qui se réclament défenseuses de la campagne, des forêts et des eaux, la Marcha était organisée par des femmes du Mouvement Syndical des Travailleuses et Travailleurs Ruraux, en alliance avec d’autres mouvements sociaux, des centrales syndicales et des organisations internationales. L’approche théorique propose une analyse à partir du concept de “actions de reproduction sociale” et de “répertoires d’action collective”. Cela signifie qu’il faut analyser la Marcha au-delà de son expression la plus visible, à savoir, une grande marche à Brasília accompagnée des négociations avec les agents de l’État (répertoire d’action collective). La Marcha implique également un long processus d’organisation, de rassemblement, de formation et des politiques d’alliances avec d’autres acteurs sociaux (actions de reproduction sociale). Analyser ces éléments de manière interdépendante en fonction de la structure des opportunités politiques, et dans la période de montée de la nouvelle droite brésilienne, nous aide à mieux comprendre comment les mouvements sociaux populaires ont agi dans ce nouveau contexte. </p><p>Mots-clés: Mouvements Sociaux. Nouvelle Droite. Repertoires D’action  Collectives. Actions De Reproduction Sociale. Marcha Dasmargaridas.</p>


Caderno CRH ◽  
2021 ◽  
Vol 34 ◽  
pp. 021007
Author(s):  
Iolanda Araújo Ferreira dos Santos ◽  
Janaina Betto

<p>Este artigo apresenta uma reflexão sobre alternativas políticas que mulheres camponesas vêm construindo em sua atuação em movimentos sociais rurais no Brasil (no Movimento de Mulheres Camponesas e no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). A partir de revisão bibliográfica, análise documental, entrevistas e participação em eventos, buscamos compreender como as dirigentes camponesas, organizadas politicamente, têm procurado alternativas às desigualdades nas relações de gênero no meio rural e pensado<br />a construção do feminismo tendo em vista suas vivências no campo. Entendemos que suas reivindicações levam a uma política própria, criada por mulheres para toda a sociedade, da qual emerge esse feminismo ainda em elaboração, mas que já afirma a busca por novas relações de gênero, de produção e com a natureza, a partir das práticas cotidianas do “modo de vida” das mulheres camponesas. Mesmo diante do avanço do neoconservadorismo no Brasil, essas mulheres estão construindo o feminismo camponês e popular como<br />movimento de autonomia e esperança.</p><p><strong>RURAL SOCIAL MOVEMENTS AND FEMINISM: paths and dialogues in the construction of popular peasant feminism</strong><br /><br />This article discusses political alternatives proposed by peasant women during rural social movements in Brazil, such as the Landless Workers Movement (MST) and the Peasant Women Movement (MMC). From bibliographic review,<br />document analysis, interviews, and participation in events, we sought to understand how politically organized peasant women leaders have articulated<br />alternatives to gender inequalities in rural areas and constructed feminism from their experiences in the country field. We perceive that their claims lead to a particular policy, created by women, but aimed for the overall society. From such policy emerges this feminism that, although under construction, already states the search for new gender, production, and nature relations, based on the daily practices of the peasant women. Despite the advance of neoconservatism in Brazil, these women have been building the popular peasant feminism as a movement of autonomy and hope.</p><p>Keywords: Peasant Feminism. Gender. Peasantry. Rural Women. Hope.</p><p><strong>DES MOUVEMENTS SOCIAUX RURAUX ET DES FÉMINISMES: parcours et dialogues dans la construction du féminisme paysan et populaire</strong><br /><br />Cet article refléchit sur des alternatives politiques dont des femmes paysannes sont en train de construire le long des mouvements sociaux ruraux au Brésil(Mouvement des Travailleurs Ruraux Sans-Terre – MST et dans le Mouvement des Femmes Paysannes – MMC).De la revue bibliographique, de l’analyse des documents, de l’ouverture et de la participation à des événements, nous avons cherché à comprendre comment les femmes leaders paysannes politiquement organisées réfléchissent elles-mêmes aux alternatives aux inégalités dans les relations de genre en milieu rural et à la construction du féminisme depuis leurs expériences dans le pays champ. On comprend que leurs<br />revendications ménent à une politique propre, édifié par des femmes pour toute la societé, d’où émerge ce féminisme encore en construction, mais que affirme<br />déjà la recherche de: nouvelles rélations de genre, nouvelles rélations de production et avec la nature, depuis les pratiques quotidiennes du mode de vie<br />des femmes paysannes. Même devant le progrès du néoconservatisme au Brésil, ces femmes sont en train de construire leféminismepaysan et populaireen tant<br />quemouvement d’autonomie et espoir.</p><p>Motsclés: Féminisme Paysan. Genre. Paysannerie. Femmes Rurales. Espoir.</p>


2021 ◽  
Vol 42 (1) ◽  
pp. 8-25 ◽  
Author(s):  
Kimberly Skye Richards
Keyword(s):  

Dans cet article, Kimberly Skye Richards s’inspire des principes des mouvements populaires pour la justice climatique, des plateformes de mouvements sociaux et des réseaux d’action pour jeter les bases d’un nouveau théâtre vert au Canada, faisant valoir qu’un tel théâtre pourrait servir dans la transition d’une économie d’extraction et d’exploitation vers une économie régénératrice face à la crise climatique. Richards présente quelques graines qui ont déjà été semées pour la création d’un nouveau théâtre vert au Canada, lesquelles donneront l’élan qu’il faut au changement profond essentiel à une transition vers une économie décarbonisée et décolonisée. Elle explique aussi comment la transition énergétique pourra révolutionner le système de production théâtrale actuel.


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