Philósophos - Revista de Filosofia
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Published By Universidade Federal De Goias

1982-2928, 1414-2236

2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Gabriel Almeida Assumpção
Keyword(s):  

A finalidade explícita na arquitetura e ênfase na utilidade, no aspecto de uma aplicação prática, intrigou filósofos alemães como Immanuel Kant e August Schlegel. O entrelaçamento entre beleza e finalidade na arquitetura fora notado cedo por Marco Vitrúvio Polião (81 a.C.-15d d.C.), que aponta utilidade, solidez e beleza como características fundamentais da obra arquitetônica. Segundo Guyer (2011), a partir de Kant, o pensamento filosófico sobre a arquitetura começa a apresentar um distanciamento em relação a Vitrúvio, de modo que, mesmo sem total renúncia à tríade vitruviana no pensamento de Kant, este defende ser a característica principal da arquitetura representar ideias estéticas. A tese de Guyer aponta o desenvolvimento desse ponto de Kant em Schelling, Hegel e Schopenhauer, todavia com uma lacuna: August Schlegel (1767-1845), fundador do primeiro sistema de belas artes com sua Kunstlehre (1801-1804). Buscaremos aprofundar como a tese de Guyer não só é válida, mas ganha mais solidez no caso de August Schlegel e do papel que este confere à imaginação na arquitetura. Após a indicação de elementos vitruvianos e pós-vitruvianos em Kant e Schlegel, indicaremos as divergências entre ambos na apreciação da arquitetura, a partir de suas articulações entre arquitetura e finalidade.


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Mateus Uchôa
Keyword(s):  

O presente artigo discute as relações entre animais não-humanos e o sensível. Para tanto, ensaia-se uma compreensão das formas animais e suas aparências expressivas, apoiando-se em ideias e teses dos filósofos franceses Merleau-Ponty e Dominique Lestel formuladas a partir do estudo do zoólogo Adolf Portmann sobre a aparência dos animais, denominado A forma animal (Die Tiergestalt). A investigação de Portmann, interessada em apreender fora do registro funcional do biológico o mistério que envolve as formas vivas, assimila uma nova concepção de corpo animal e descobre nele uma qualidade estética de livre expressão resultante do dispêndio das aparências dos viventes não-humanos.Palavras-chave: Vida Sensível; Animalidade; Aparência; Natureza.


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Heiberle Hirsgnerg Horacio

No caminho dos trabalhos que versam sobre as questões envolvendo a autonomia da arte, categoria da Estética desde a modernidade, este artigo visa desenvolver explanações sobre dois autores, Arthur Schopenhauer (1788–1860) e Herbert Marcuse (1898-1979) que, devedores da estética kantiana, possuem perspectivas que permitem reflexões sobre a autonomia da arte, ainda que Marcuse se posicione como um crítico da perspectiva representada por Schopenhauer. Designadamente, este artigo apresentará a compreensão estética do filósofo Arthur Schopenhauer - na obra principal deste autor, O Mundo Como Vontade e Representação – sobretudo o lugar do gênio artístico na obra do filósofo alemão, bem como apresentará os apontamentos do filósofo Herbert Marcuse na obra Dimensão Estética, de 1977, que sintetiza as principais questões da estética do autor. Palavras-chave: Schopenhauer, Marcuse, autonomia da arte, estética


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Rosi Leny Morokawa

Este artigo examina os argumentos apresentados por Monroe Beardsley contra a tese de que a arte é essencialmente institucional. Beardsley mira sua crítica na versão mais bem elaborada de uma teoria institucional da arte, a teoria de George Dickie. Ele argumenta que Dickie usa o termo “instituição” de forma ambígua, como type e token, e que, afirmar a existência de um contexto institucional não é o mesmo que afirmar que as atividades que pressupõem este contexto são institucionais. Pretende-se mostrar que, embora Dickie reelabore sua teoria a fim de fortalecer sua tese inicial, ele não consegue responderde forma satisfatória ao “Argumento Beardsley-Anscombe”. Além disso, este artigo apresenta e discute brevemente a última elaboração de Dickie, em que ele defende que a arte é uma espécie cultural


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Daniel de Vasconcelos  Costa
Keyword(s):  

O presente artigo tem como objetivo defender a possibilidade da existência da beleza moral a partir da teoria moral e estética de David Hume. A relação entre a estética e a moralidade será analisada, na primeira parte. A hipótese da beleza moral será colocada como uma destas possíveis relações. Dentro das possibilidades de se fundamentar a beleza moral, será argumentado que a melhor seria através da compreensão humeana da estética e da moralidade. A segunda parte do artigo analisa o conceito de experiência estética e a sua importância para a fundamentação humeana da beleza moral. Por fim, a teoria moral e estética proposta por Hume será desenvolvida a fins de demonstrar como a sua teoria moral e estética possuem uma relação intrínseca que possibilitaria a confirmação da hipótese da beleza moral.


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Marcelo Prates

O objetivo deste artigo é mostrar como na filosofia de Sartre o processo de personalização coaduna com o processo de singularização. Para isso explora-se a tese da transcendência do ego e a ideia de identidade na filosofia de Sartre, tendo como fundo a discussão sobre a liberdade e alienação. Em seguida mostra como pela noção de vivência foi possível reinterpretar tal jogo. Por fim afere à singularização como tessitura própria do sujeito livre.


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Vanessa Fontana
Keyword(s):  

 O artigo analisa a questão da música nas obras de Edmund Husserl. Entre as obras mais importantes para o tema estão as Lições para uma fenomenologia da consciência interna do tempo publicada em 1905 e o volume XXIII da husserliana sob o título de: Fantasia, consciência de imagem e memória. Da fenomenologia das presentificações intuitivas. Textos póstumos (1898-1925). O artigo faz uma crítica às leituras limitadoras da compreensão da fantasia, modo de consciência que gere a arte musical. 


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Emanuele Tredanaro

O trabalho visa uma leitura da teoria da sublimidade na Crítica da razão prática, a partir da análise das passagens nas quais, em particular na conclusão da obra e no terceiro capítulo da Analítica da razão prática pura, Kant oferece respaldo textual para destacarmos certa distância teórica com relação à concepção estética do sublime sucessivamente apresentada na Crítica da faculdade do juízo, notadamente na formulação geral do §23. Para isso, e tendo como plano de fundo uma perspectiva contrastiva de interpretações que aproximam segunda e terceira Críticas quanto ao sublime, sugerimos que, nessas duas obras, há variações referentes tanto à dinâmica envolvida pelo sublime quanto ao seu objeto de referência, assim como no que tange à caracterização dos sentimentos de admiração e respeito mediante os quais, segundo Kant, o sublime se expressa. Palavras-chave: Kant; sublime; respeito; admiração.


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Diogo Cesar Porto da Silva

O artigo se propõe a uma investigação da potência filosófica presente na poesia japonesa clássica conhecida como waka. O aspecto formal mais proeminente do waka é a sua curta estrutura composta geralmente de 31 sílabas moraicas divididas, respectivamente, em 5 versos de 5, 7, 5, 7 e 7 sílabas cada. Para erguer-se como uma forma poética, o waka emprega o recurso rítmico da pausa e uma retórica que vinculam cada poema individual ao todo da tradição através de precedentes. Defendemos que na tradição intelectual constituída pelo waka há uma filosofia do real – que denominamos intertextualidade do real – que entende a realidade como vazia e impermanente. Dessa forma, seria o waka a forma mais adequada através da qual exprimir o real uma vez que ele é mais profundo e excelente a medida em que cria um movimento de esvaziamento e tornar impermanente através de seus recursos formais e retóricos: seu cerne, sua disposição e significado (nossas traduções do termo japonês “kokoro”) e suas palavras (“kotoba”).


2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Regiane Lorenzetti Collares ◽  
Luis Celestino de França Júnior
Keyword(s):  

Este artigo objetiva a partir das considerações de Michel Foucault sobre a dimensão de uma estética da existência relacioná-la às vidas infames, em dois planos que parecem se vincular, a saber, primeiro, de dar destaque às vidas obscurecidas que apenas foram iluminadas quando colocadas como alvos de discursos empreendidos com a finalidade de classificação, controle e exclusão; segundo, da possibilidade de experiências transformadoras no que diz respeito às subjetividades marginalizadas. Examinaremos então em que medida a pesquisa foucaultiana portaria a virtualidade de um deslocamento a um só tempo estético e ético, da modificação de um modo de vida, de um estilo de existência. Uma vez reconhecendo a dimensão estética em Foucault vinculada à arte de existir, pretendemos então tecer um texto que também se componha com as considerações do filósofo da estética Étienne Souriau, apresentadas no livro As Existências Mínimas, por David Lapoujade, no sentido de que os dois pensadores franceses parecem confluir na mesma direção no que liga a arte às transformações de si, isto é, ambos elaboram uma compreensão da estética interseccionada aos modos de existência, buscando tematizar de que modo as vidas que mesmo privadas do direito de existir, podem ainda encontrar espaços de criação e transformação.  


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