Introdução: O câncer de mama (CM), acomete mais frequentemente mulheres acima de 50 anos que tenham entrado na menopausa, esse número representa uma pequena parcela dentre todos os casos. De 2 a 5% dos casos ocorrem antes dos 35 anos. Os estudos ainda divergem, porém, a maioria das vezes em mulheres jovens o CM está associado a um pior prognóstico, pois podem apresentar em associação clínica e patológica uma doença mais agressiva biologicamente. Tendem a ser hereditário, com mutações com os genes BRCA 1 e 2. O prognóstico menos favorável, os tratamentos tendem a ser agressivos. Objetivo: Revisão de literatura cientifica em relação ao Câncer de Mama em Mulheres Jovens. Material e métodos: US National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO) descritores: Breast Neoplasms, Young Adult, Adolescent e Immunophenotyping, com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Encontrados 235 artigos e após critérios de inclusão e exclusão, 6 artigos foram utilizados. Os utilizados para a inclusão: artigos em inglês, português ou espanhol, entre 2009 a 2021, disponíveis na íntegra para acesso online grátis. Resultado: Características clínicas de neoplasias mamárias em mulheres mais jovens diferem daquelas que surgiram mais tarde, a idade no diagnóstico do câncer de mama continua uma variável importante na determinação do prognóstico. Pacientes com menos de 40 anos, apresentam grau histológico alto, perfil imunoistoquímico desfavorável, taxa de mortalidade elevada em comparação as mulheres mais velhas, e são frequentemente classificados como câncer de mama triplo- negativo (TNBC, sigla em inglês), receptor de estrogênio (RE), receptor de progesterona (PR) e receptor-2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2-) negativos. Mulheres jovens são mais propensas a ter recorrências locais, diagnosticadas em um estágio avançado e terem sobrevida de 5 anos pior em comparado com suas contrapartes mais velhas na pré-menopausa. Conclusão: Carcinomas mamários de mulheres jovens possuem características clínicas, patológicas e moleculares mais agressivas, quando comparadas às mulheres de 50 anos. A sinalização oncogênica, é caracterizada por menor sensibilidade hormonal e maior expressão de HER-2 / receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), e justifica estudos adicionais para oferecer este grupo de mulheres melhores prognósticos e opções preventivas e terapêuticas.