adriana cavarero
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(FIVE YEARS 35)

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4
(FIVE YEARS 1)

2021 ◽  
Vol 39 (2) ◽  
pp. 57-68
Author(s):  
Thiago Dias

Um dos objetivos deste artigo é apresentar a relação entre política e palavra proposta por Adriana Cavarero em "Vozes plurais". Sob influência declarada de Hannah Arendt, Cavarero coloca a singularidade no centro de seu pensamento, e o segundo objetivo deste artigo é mostrar que a singularidade é uma ideia chave para a crítica do patriarcado. Uma análise fina de Platão e Aristóteles mostra que eles dividiram o logos em um aspecto sonoro e um aspecto lógico e, ato contínuo, soterraram a voz sob o semântico estabelecendo uma hierarquia que marcaria toda a tradição. A diferença de gênero se uniria a esta hierarquia, pois a tradição atribuiria a voz à mulher e o semântico ao homem. Carnal, sensual e particular, a voz e a mulher se mantiveram à sombra do espiritual, racional e universal garantidos pelo homem e seu logos sem voz. Em um passo adicional, Cavarero apresenta uma fenomenologia vocálica da unicidade a fim de mostrar que a voz porta a singularidade humana. Diante disto, faz-se necessário reconduzir a palavra à sua raiz vocálica, especificamente acústica e tradicionalmente feminina, a fim de elaborar uma política pós-patriarcal.


2021 ◽  
Vol 3 (42) ◽  
pp. 1-16
Author(s):  
Glauce Priscila Ribeiro de Carvalho ◽  
Wânia Mara Agostini Storolli
Keyword(s):  

Este artigo trata a questão da voz no treinamento e no trabalho de direção de Tadashi Suzuki, estabelecendo relações entre fundamentos da prática do diretor japonês com o pensamento sobre a voz de Adriana Cavarero. O trabalho resultou da interação entre a experiência prática com o treinamento Suzuki e a reflexão baseada nos conceitos da filósofa, especialmente ao considerar o aspecto de unicidade e a natureza relacional e corpórea da voz. Observou-se como a voz no treinamento e nos espetáculos de Suzuki é compreendida em sua dimensão universal onde, ultrapassando as amarras da semântica, o elemento vocálico pode afetar e gerar a interação com o outro - performers e público.


2021 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 87-102
Author(s):  
Brenda Morales Muñoz ◽  

In the last years of the 20th century, many countries in Latin America experienced internal armed conflicts in which violations of women’s human rights were a constant, especially those related to sexuality, reproduction and motherhood. This type of violence has been addressed in various literary works and this article will focus on three of them, the novels La hora azul, by the Peruvian writer Alonso Cueto; Los ejércitos, by the Colombian writer Evelio Rosero, and Roza tumba quema, by the Salvadoran writer Claudia Hernández. Based on the ideas of Rita Segato and Adriana Cavarero, I will analyze the way in which violations of women’s human rights have been fictionalized in the context of three internal armed conflicts.


2021 ◽  
Vol 27 (41) ◽  
pp. 74-92
Author(s):  
Maria de Abreu Altberg

No filme Vaga carne (2019), dirigido (em parceria com Ricardo Alves Jr.) e protagonizado por Grace Passô, acompanhamos a jornada de uma voz que tem o poder de transitar por diferentes matérias. Novos e inesperados afetos são conhecidos quando a voz se vê presa a determinado corpo feminino e passa a ser submetida às implicações sociais de encarnar essa identidade. A partir da narrativa do filme, e em diálogo com teóricas como Ursula K. Le Guin, Anne Carson e Adriana Cavarero, o trabalho propõe pensar a afirmação de vozes plurais como enfrentamento poético a silenciamentos históricos.Palavras-chave: Voz; Grace Passô; Vaga carne; Palavra; Corpo. AbstractIn the film Dazed Flesh (2019), directed by Grace Passô and Ricardo Alves Jr., and starring Passô, we follow the journey of a voice that has the power to transit through different substances. Unexpected new affections appear when this voice finds itself attached to a certain female body and becomes subjected to the social implications of embodying this identity. Based on the narrative of the film, and in dialogue with theorists such as Ursula K. Le Guin, Anne Carson and Adriana Cavarero, we propose to think about the affirmation of plural voices as a poetic confrontation with historical silences.Keywords: Voice; Grace Passô; Dazed Flesh; Word; Body.


2021 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 75-89
Author(s):  
Silvia Angeli

This article proposes a reading of Sarah Polley’s Stories We Tell (2012) through the work of Hannah Arendt and Adriana Cavarero. Far from being a simple homage to her late mother Diane, Polley’s film is a ‘polyphonic tale’, a complex and multi-layered narrative which allows for an exploration of the many functions of (cinematic) storytelling. Highlighting the close link between relating narratives and personal identity, the film sheds light on both the innate desire for biography that characterizes us as human beings and the complex and dynamic relationship between storytellers and listeners. The way we tell stories affects the narrator(s), their audience and the fabric of the story itself in a process that ensures both continuity and change. Referring to Arendt’s notion of political storytelling, I conclude by suggesting that Stories We Tell, like the Greek polis, functions as an ‘organized remembrance’, a community whose purpose is to preserve fragile human deeds and words from oblivion.


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
pp. 01-16
Author(s):  
Iamni Reche Bezerra

Neste artigo, proponho descrever e comentar as configurações da ontologia vocálica da unicidade defendida por Adriana Cavarero na obra Vozes Plurais: Filosofia da expressão vocal publicada no Brasil em 2011. O interesse que Adriana Cavarero reserva à voz parte de sua crítica ao esforço metafísico em desvocalizar o logos, privilegiando a voz insonora da consciência frente à voz produzida por uma garganta de carne. Assim, a filósofa italiana defende a necessidade de recuperarmos um pensamento baseado na singularidade da voz, que acarreta a atenção a uma voz sonora e corpórea que seria, acima de tudo, essencialmente relacional. Em seguida, buscarei apresentar os elementos antagônicos entre a desconstrução de Cavarero e a proposta pelo filósofo Jacques Derrida, em especial às noções de singularidade e assinatura, caras às suas filosofias. Como veremos, a questão parece devidamente se localizar naquilo que ela e Derrida, em distinção, apontam como o elemento detentor de validade antimetafísica.


2021 ◽  
pp. 109-120
Author(s):  
Christine Battersby

This etude considers the discussion between Adriana Cavarero, Judith Butler, and Bonnie Honig with regards to the role of Kant for a postural ethics: an engraved champagne glass is inscribed with the names of Kant and several of his English merchant and shipping friends, an English motto, and the date 30 August 1763—the time of a banking crash which economists have compared to that of September 1998. The motto emblematises an ideal of friendship across national borders, and the mutual dependence of one adult self on another in a time of crisis, panic, and military and economic instability. I will argue that, in our own dangerous times, there are merits to Kant’s ideal of relations modelled on friendship, rather than dependencies linked to maternity and vulnerability.


2021 ◽  
pp. 93-106
Author(s):  
Olivia Guaraldo

A “scherzo” is a musical piece which traditionally retains the ternary form of the minuet but is considerably quicker. This is a materialist scherzo, since it treats three different authors that are all significantly concerned with the body. John Locke, Carla Lonzi, and Adriana Cavarero present three different modes of narrating sex: the first implicitly, the second explicitly, the third creatively. Cavarero’s relationality, whilst giving a provocatively creative account of orgasm, attributes to sex a grounding function in rethinking the subject. Yet that there is also a political dimension in this carnal account of orgasm. By exploring the possibilities of the given of our bodily condition—an anatomical destination to pleasure that is always relational—this etude defends relational ethics as providing a different perspective on how to imagine social and political forms of co-existence and non-violence, beyond and apart from the naturalized claim to “fundamental hostility.”


2021 ◽  
pp. 121-130
Author(s):  
Lorenzo Bernini

Adriana Cavarero states that queer theories constitute a fundamental critique of “the hegemony of the hierarchizing dispositif of heterosexuality that turns ‘right’ and ‘straight’ into synonyms.” In dialogue with queer scholar Judith Butler she discusses Emmanuel Levinas’s theory of the precedence of the Other over the self, which she interprets, differently from Butler, in terms of the precedence of the caring mother over the child. This etude engages Cavarero’s relational ethics with a different trend in queer thought—so-called “antisocial theories,” arguing against the centrality of the Child as matrix of meaning (Edelman, 2004) and queerness as the break of all human relations. Anti-social theorists may complement a relational ethics by returning to the problematisation of drive as both masochistic and the obscene double of maternal care.


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