REVISTA NERA
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

553
(FIVE YEARS 165)

H-INDEX

2
(FIVE YEARS 1)

Published By Revista NERA

1806-6755

REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 56-80
Author(s):  
Felipe Moretto Moura ◽  
Sandra De Castro de Azevedo

A luta pela terra é realizada por meio de várias frentes. A Educação do Campo é uma delas e resultou em vários marcos legais que definem suas especificidades em defesa das populações rurais. Dentre esses marcos destacamos o Programa Nacional do Livro Didático do Campo, que possibilitou às escolas rurais acesso a livros didáticos adequados aos modos de vida e trabalho do campo. O objetivo deste artigo é a análise dos conteúdos de geografia presentes no material do Ensino Fundamental I do ano de 2016, buscando apontar se os conteúdos estão adequados à proposta de construção da Educação do Campo. A análise da política que resultou no livro didático pautou-se no Ciclo de Política de Ball e Bowe, e a análise do conteúdo do livro na perspectiva da Geografia Crítica. A pesquisa embasou-se em revisão bibliográfica e de leis e análise do material dos livros que compõem a coleção adotada no município de Alfenas - MG. A pesquisa diagnosticou que o conteúdo dos livros didáticos de geografia do PNLD Campo atende à proposta de Educação do Campo, evidenciando assim a potencialidade dessa política e indica também possíveis adequações dos conteúdos de forma a fortalecer a proposta e endossar que o conteúdo de geografia pode contribuir de forma fundamental à emancipação dos sujeitos. Como citar este artigo:MOURA, Felipe Moretto; AZEVEDO, Sandra de Castro de. O livro didático de geografia do PNLD Campo e suas contribuições na luta pela terra. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 56-80, mai.-ago., 2021.


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 146-167
Author(s):  
Rodolfo De Souza Lima ◽  
Ricardo Pires de Paula
Keyword(s):  

A chamada Contrarreforma Agrária de Mercado (CRAM) é uma proposta cunhada no âmbito do Banco Mundial (BM) que concede empréstimos para camponeses comprarem terras de fazendeiros à preço de mercado, isto com vistas a substituir a reforma agrária pela via da desapropriação. Essa proposta começou a ser implantada no Brasil na segunda metade dos anos 1990 por meio do crédito fundiário. Nosso trabalho visa contribuir nesse debate, analisando o processo de territorialização das políticas de CRAM no Pontal do Paranapanema em São Paulo. Observaremos que a expansão da CRAM na região foi um processo articulado pelos fazendeiros e ruralistas como mais uma tática para contrapor o avanço da luta pela terra. Também foi possível ver, pela análise dos empreendimentos do crédito fundiário, em especial o Banco da Terra (BT), a distância entre o discurso do BM e a realidade dos empreendimentos cujos resultados se materializam numa lógica dialética de subordinação e resistência. Como citar este artigo:LIMA, Rodolfo de Souza; PAULA, Ricardo Pires de. Subordinação e resistência: as implicações da Contrarreforma Agrária de Mercado no Pontal do Paranapanema – SP. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 146-167, mai.-ago., 2021


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 168-188
Author(s):  
Ayolse Andrade Pires dos Santos ◽  
Joelson Gonçalves de Carvalho

Este trabalho é fruto de uma pesquisa de campo realizada na comunidade agrícola de Monte Café no país africano de São Tomé e Príncipe (STP). As atividades de campo foram realizadas nos primeiros meses de 2018 e as análises e aprofundamento bibliográfico se estenderam por 2018 e 2019. O objetivo do trabalho foi o de, a partir do estudo de caso apresentado, lançar luz à realidade concreta dos camponeses no país. Com o esgotamento do ciclo açucareiro, o café e o cacau assumiram uma posição de destaque, ainda no século XIX, destaque esse que se mantém até os dias atuais. Preso a uma economia agrária-exportadora, o país não logrou um processo de industrialização que pudesse alterar a dinâmica econômica recente. Ademais, a baixa capacidade estatal registrada após a independência do país contribuiu para que se estruturasse uma agricultura de subsistência integrada a um insipiente mercado como garantia de renda para a reprodução material dos agricultores. São Tomé e Príncipe é, nos dias atuais, um país agroexportador caraterizado por um baixo grau de desenvolvimento, notadamente no território rural, e isso por seu turno tem contribuído para que quase toda a população rural esteja em um nível de vida marcada pela pobreza. Como citar este artigo:SANTOS, Ayolse Andrade Pires dos; CARVALHO, Joelson Gonçalves de. Campesinato e agricultura de subsistência em São Tomé e Príncipe: notas para se pensar desenvolvimento e inclusão. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 168-188, mai.-ago., 2021.


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 8-27
Author(s):  
Lorena Izá Pereira ◽  
Camila Ferracini Origuéla ◽  
Estevan Leopoldo de Freitas Coca
Keyword(s):  

O agronegócio nunca saiu de cena e, nas últimas décadas, nem retrocessos apresenta, está em franca expansão em direção ao Cerrado, a Amazônia e ao Pantanal. Sempre desmatando e eliminando aquilo que impede e questiona o seu crescimento desenfreado. Afinal, para haver expansão é necessária a existência de territórios disponíveis (muitas vezes tratados como ociosos, vazios) para serem apropriados. Foi assim nos anos áureos dos ditos governos progressistas, que usufruíram do boom das commodities e continua assim hoje em pleno um momento de crise econômica, política, sanitária e social. Contudo, vivemos um momento particular: a pandemia da COVID-19, que desde o início de 2020 assola todo o globo e que é utilizada pelo governo brasileiro para “passar a boiada”. Assim, o objetivo deste artigo é apontar elementos que permitam a reflexão sobre como o governo de Jair Messias Bolsonaro (sem partido) em tão pouco tempo de mandato tem fortemente impactado a questão agrária e ambiental. Este texto compreende a apresentação do número 58 da Revista NERA, que conta com dez importantes contribuições acerca da complexidade e multiescalaridade da questão agrária. Como citar este artigo:PEREIRA, Lorena Izá; ORIGUÉLA, Camila Ferracini; COCA, Estevan Leopoldo de Freitas. A política agrária no governo Bolsonaro: as contradições entre a expansão do agronegócio, o avanço da fome e o antiambientalismo. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 08-27, mai.-ago., 2021.


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 28-55
Author(s):  
Jéssyca Tomaz de Carvalho ◽  
Adriano Rodrigues de Oliveira

O modelo econômico hegemônico pautado na commoditização do Brasil tem submetido os povos do campo e das florestas a processos de expropriação e violência. Diante da apropriação dos bens comuns, da concentração de terras e da químico-dependência, torna-se fundante desvelar a construção ideológico-conceitual do agronegócio centrada nos indicadores econômicos que se ancora na manutenção de subsídios propiciados por um Estado burguês, facilitador da subsunção da renda da terra e da vida pelas corporações de commodities. Analisamos as estratégias político-discursivas, empreendidas pelo agronegócio, demonstrando as características hegemônicas e a unidade de discurso como campo conceitual de persuasão-convencimento da sociedade. Por fim, demonstramos as estratégias em marcha, no Governo Bolsonaro, para viabilizar a apropriação dos territórios bloqueados ao processo de acumulação ampliada do capital via agronegócio e mineração. Como citar este artigo: CARVALHO, Jéssyca Tomaz de; OLIVEIRA, Adriano Rodrigues de. O agronegócio no Brasil: o discurso da fração de classe reinante. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 28-55, mai.-ago., 2021.


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 125-145
Author(s):  
Ademir Terra ◽  
Francisco De Oliveira Viana

As atividades camponesas sempre estiveram diretamente ligadas ao modo de vida das comunidades tradicionais, que o têm pautado, sobretudo, na agricultura de subsistência, de forma que o território camponês serve não somente como subsídio econômico, mas também para a valorização das territorialidades presentes nesses espaços. No final do século XIX, as discussões sobre a conservação ambiental se acirraram, promovendo a territorialização dos órgãos ambientais responsáveis pela demarcação de áreas e a criação de legislação, os quais nem sempre consideram as especificidades socioespaciais das áreas a serem preservadas. Este artigo objetiva analisar os principais desafios da produção e reprodução camponesa frente à política restritiva do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que limita as atividades das comunidades instaladas em seu interior, e os conflitos socioambientais que emergem nesse cenário. Pautados em metodologias ativas, buscamos compreender a dinâmica socioespacial dos camponeses, bem como suas estratégias de manejo e sobrevivência nessa Unidade de Conservação. Como citar este artigo:TERRA, Ademir; VIANA, Francisco de Oliveira. A produção camponesa no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: desafios e conflitos socioambientais. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 125-145, mai.-ago., 2021.


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 81-99
Author(s):  
Rosane Rosa Dias Fernandes ◽  
Danielli Calabrez Martins

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada sobre o Projeto Profissional do Jovem, atividade de conclusão do Curso de Técnico em Agropecuária da Pedagogia da Alternância na Escola Família Agrícola do Bley, em São Gabriel da Palha, no Espírito Santo. Como objetivo, busca identificar os impactos que o projeto profissional do curso proporciona na autonomia e emancipação econômica e social do jovem camponês, tendo como referencial teórico Paulo Freire, Paolo Nosella, Jean-Claude Gimonet dentre outros. Descreve a história da pedagogia da alternância, seus princípios e instrumentos pedagógicos e debate a importância do plano de formação como documento norteador para estudantes das escolas família agrícola. Por meio de grupo focal, destaca os depoimentos de alunos egressos sobre o projeto profissional. Conclui que o Projeto Profissional aplicado nas unidades produtivas possibilita autonomia financeira ao jovem camponês e transformação da sua realidade. Como citar este artigo:FERNANDES, Rosane Rosa Dias; MARTINS, Danielli Calabrez. Pedagogia da alternância no Espírito Santo: o projeto profissional e os impactos na vida dos jovens camponeses. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 81-99, mai.-ago., 2021.


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 189-211
Author(s):  
Guido Lissandrello
Keyword(s):  

A los efectos de comenzar a abonar el campo de estudios de las relaciones entre las izquierdas y las Ligas Agrarias en la década del ’70 en Argentina, en este artículo nos proponemos revisar la literatura existente y proponer una agenda de trabajo que apunte a esbozar líneas de investigación a desarrollar. Tomamos tres ejes a la hora de seleccionar la bibliografía en estudio. Por un lado, reconstruimos los aportes historiográficos de los investigadores que buscaron ahondar en el tratamiento que las izquierdas argentinas hicieron de la cuestión agraria nacional. Estos estudios, sin embargo, no llegan a cubrir los años de nuestro estudio, aunque muestran que a lo largo de su historia, las organizaciones revolucionarias contemplaron el problema. Por otro, observamos las reflexiones sobre las prácticas políticas de las izquierdas, donde repasamos las diferentes líneas de trabajo y abordaje. Veremos allí que los estudios sobre los años ’70 no contemplaron en profundidad la problemática agraria. Finalmente, revisitamos los estudios existentes sobre las Ligas Agrarias. Concluimos con una serie de objetivos e hipótesis que pueden ser exploradas para comenzar a llenar la vacancia en el conocimiento actual. Como citar este artigo:LISSANDRELLO, Guido. Las izquierdas y las Ligas Agrarias del Nordeste argentino (1970-1976). Una revisión de la literatura existente y una propuesta de investigación. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 189-211, mai.-ago., 2021.


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 212-228
Author(s):  
Rafael Navas (in memoriam) ◽  
Wanda Griep Hirai ◽  
Maria Alice Araújo Oliveira

A utilização de agrotóxicos no Brasil vem aumentando, com consequências para a saúde dos trabalhadores rurais e consumidores. Historicamente com predomínio de monocultura de cana-de-açúcar, nas últimas décadas, o cenário rural do estado de Alagoas vem sendo transformado com a criação de assentamentos de reforma agrária, ampliando a importância da agricultura familiar, bem como novas culturas e a criação animal vem ganhando importância. O objetivo deste trabalho foi analisar a produção agrícola e o uso de agrotóxicos no assentamento Dom Helder Câmara, localizado no município de Murici - Zona da Mata alagoana. A metodologia utilizada foi a de entrevistas semiestruturadas, aplicadas em 29 famílias, durante os meses de janeiro a julho de 2018. Verificou-se que 11% das famílias fazem uso de agrotóxicos e 34% possuem certificação orgânica. Com relação à declaração de aptidão ao Pronaf, 66% das famílias não possuem o documento, o que impede que o número de agricultores certificados via OCS aumente. A falta de assistência técnica e crédito dificulta a melhora da produção, sendo que 47% das famílias não utilizam nenhum insumo para o manejo das culturas. Como citar este artigo:NAVAS, Rafael; HIRAI, Wanda Griep; OLIVEIRA, Maria Alice Araújo. Produção agroecológica na Zona da Mata alagoana: análise do uso de agrotóxicos e a alternativa orgânica em assentamento de reforma agrária. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 212-228, mai.-ago., 2020.


REVISTA NERA ◽  
2021 ◽  
pp. 100-124
Author(s):  
Maria Geralda De Almeida
Keyword(s):  

A criação de Projeto de Assentamento de Agroextrativista – PAE – no sul do Amapá permitiu a instalação de uma parcela populacional vivendo de exploração da silvicultura. O Incra, responsável pela reforma agrária, reconheceu a existência de formas diferenciadas de ocupar o solo e de se relacionar com a natureza e criou uma modalidade de gestão conjunta, atribuindo às associações do PAE a participação na gestão. O objetivo deste artigo é analisar se a parceria causou o empoderamento dos assentados ou se foi uma estratégia para o autoritarismo do Incra, estudando o caso do PAE-Maracá. Os procedimentos metodológicos incluíram entrevistas aos gestores de associações e agroextrativistas aos professores, análise de documentos do Incra e da associação principal, complementando com leituras de teses e dissertações pertinentes ao assunto. Pode-se deduzir que desde o início o Incra adotou procedimentos inapropriados, visto que os assentados apresentam dissonância nas intenções, nas ações e mesmo na gestão. O Incra atua com autoritarismo, omissão, e seu descaso empobrece o Plano de Utilização, principal documento para a gestão do Assentamento. Como citar este artigo:ALMEIDA, Maria Geralda de. Agroextrativistas e as controvérsias nas políticas sociais e ambientais no assentamento de Maracá, no estado do Amapá. Revista NERA, v. 24, n. 58, p. 100-124, mai.-ago., 2021.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document